Quando se fala em Piracicaba, logo nos lembramos daquela voz que desde sempre ecoa pelas ruas: "Pamonhas de Piracicaba. Temos curau e pamonha..." Na sede dos Jogos Abertos deste ano, entretanto, o produto está em extinção. Já estamos por aqui a mais de uma semana e não localizamos a iguaria feita de milho em nenhum lugar.

Aliás, hoje um outro produto típico de Piracicaba ganhou a preferência e lidera a lista de procura de quem chega por aqui: a cachaça artesanal. A água que passarinho não bebe está numa cotação mais alta que o dólar e, num balcão montado no Comitê Central dos Jogos, chega a ser vendida por R$ 15 a garrafa.

O negócio é continuar a procurar a pamonha. O custo deve ser mais baixo.

ENDEREÇO INUSITADO
Uma rua de Piracicaba chama a atenção pelo nome inusitado e extremamente indesejado. Trata-se da Rua Boa Morte, uma das principais da cidade. Chega a ser engraçado ouvir nas rádios os anúncios das lojas que se espalham por seu trajeto. Depois de falar das ofertas dos estabelecimentos, o locutor finaliza com: ‘Rua Boa Morte, número tal...'

TORRE DE BABEL
Os Jogos Abertos poderiam trocar a palavra Interior por Exterior. As cidades participantes contam com chineses e cubanos no tênis de mesa, argentinos no taekwondo, ciclismo e bocha. Tem até ucraniano e russo disputando a competição de damas.

SOPA DE LETRINHAS
Um combate na programação do boxe masculino chamou a atenção. Na disputa dos leves (até 60 k), lutaram Ariclebson Raimundo dos Santos, de São José do Rio Preto, e Haliney Florentino Gonçalves, de Sorocaba. Sem dúvidas, os pais tiveram muita criatividade na hora de fazer o registro.

Mas os nomes estranhos não ficaram por aí. Campinas contou com o pugilista Clean Ramos da Silva, que deve primar pela luta limpa. São Bernardo tem Didimo Nascimento da Silva e Rio Preto ainda conta com Uilis Souza Freitas.

NA CARA DURA
A malha é uma das modalidades mais tradicionais dos Jogos Abertos. Chama a atenção pela precisão dos jogadores, pelo cuidado que têm com os discos de metal - antes de cada jogada lustram o objeto - e, principalmente, pela provocação aos adversários.

Antes de cada jogada os torcedores se espremem na lateral da cancha gritando palavras de ordem para provocar o erro do concorrente. E muitas vezes conseguem.