Política Titulo 1º Escalão
Auricchio descarta 'puxar' vereadores para 1º escalão
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
09/11/2008 | 07:08
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Ao contrário de muitos prefeitos do Brasil, o chefe do Executivo de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), não puxará nenhum vereador eleito no dia 5 de outubro para fazer parte da equipe do Executivo. A tática, utilizada com muita freqüência na maior parte das cidades do Grande ABC, visa fortalecer o grupo, sem deixar de fora alguns fortes políticos que não garantiram vaga no Legislativo por poucos votos. "Prefiro não interferir no processo eletivo da Câmara", justifica Auricchio, sobre conservar a tradição de inúmeras gestões anteriores.

O petebista confirmou que fará pequenas mudanças no primeiro escalão da Prefeitura, mas isso só deverá ocorrer no fim do ano. "Manteremos o critério técnico do secretariado", enfatiza, mantendo as áreas que podem sofrer mudanças em absoluto sigilo. "Estamos estudando. Não sabemos ainda as alterações que faremos", desconversa. "Os novos integrantes da administração assumirão em 1º de janeiro", completa, sem dar pistas das substituições que deve promover.

Se os 12 parlamentares eleitos - 11 da base aliada e apenas um oposicionista, o vereador petista Edgar Nóbrega - não estão nos planos de Auricchio, três nomes que não obtiveram sucesso na eleição podem estar na lista de servidores do Executivo a partir de 2009. "Vamos ver, também não há nada definido nesse sentido", comenta, sem perder a discrição.

A primeira suplente do PTB, Suely Nogueira, obteve 1.674 votos, apenas 149 adesões a menos do que Jorge Salgado, o quinto colocado eleito pelo partido. Suely torna-se favorita a ser escolhida por ter tido, durante a campanha eleitoral, apoio irrestrito de Auricchio. O prefeito reeleito participou de inúmeras reuniões com moradores a favor da ex-vereadora (ela foi parlamentar de 1997 a 2004).

Outro político que poderá receber convite do prefeito é o atual vereador Ângelo Pavin (PTB), que não conseguiu a reeleição. O médico ortopedista teve uma boa votação: conquistou a segunda suplência petebista com 1.497 votos. A situação de Pavin durante esta legislatura foi atípica, pois deixou o PPS, legenda liderada por Marquinho Tortorello, que rompeu relacionamento com o governo logo no início da gestão Auricchio.

Ângelo Pavin ingressou no PTB, a sigla mais forte da cidade, e manteve-se no grupo situacionista sabendo das condições adversas que enfrentaria. Teve dificuldades durante o processo eleitoral e poderá ganhar chance no Executivo. "Ainda não conversei com o prefeito sobre o assunto. Vamos aguardar", pondera.

A terceira opção gira em torno do ex-vereador Moacyr Rodrigues (DEM). O democrata não tentou o terceiro mandato e apoiou a candidatura do genro Beto Vidosky (PSB) ao Legislativo - foi o nono mais votado, mas o partido não atingiu o quociente para fazer a terceira cadeira e o socialista ficou de fora.

Moacyr foi um dos nomes cogitados para ser o vice-prefeito da chapa de Auricchio. Após a renúncia de Gilberto Costa (PP) da liderança do governo, depois do pleito, o democrata foi escolhido pelo chefe do Executivo para defender seus projetos de lei. Deixou a Câmara na semana passada, após sofrer ação por infidelidade partidária de sua ex-legenda, o PMDB.




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