Política Titulo Sto. André
Desunido, PT tem quatro nomes para a disputa da presidência da Câmara

Pouca chance de continuar à frente do Legislativo em Sto.André não faz com que vereadores recuem

Leandro Laranjeira
08/11/2008 | 10:57
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O PT de Santo André começa a dar sinais de que a derrota à Prefeitura parece não ter servido de lição para unir o partido. Ao contrário. Na tentativa de ocupar um espaço vago, de principal liderança do município na atualidade, a maioria dos vereadores petistas eleitos para o próximo mandato já manifestou a intenção de concorrer à presidência da Câmara.

Embora a chance de o PT se manter à frente do Legislativo seja considerada mínima, praticamente improvável, quatro dos seis vereadores da bancada - a maior para a próxima legislatura - aparecem como pré-candidatos ao cargo máximo na Casa: Antonio Leite, Claudio Malatesta, José Montoro Filho, o Montorinho (atual presidente) e Jurandir Gallo. Coincidentemente, são os quatro que foram reeleitos.

Destes, apenas Leite não assume publicamente a participação direta no pleito. Mas seu nome é um dos mais cotados nas ‘bolsas de apostas' feitas nos corredores da Câmara.

Teoricamente, Montorinho leva vantagem entre os colegas por dois motivos centrais. Além de ser o atual presidente, foi o vereador petista mais votado da cidade neste ano.

No entanto, conhecendo a complexidade da bancada do PT, o rótulo de ‘favorito' não pode ser atribuído a nenhum dos concorrentes. Até porque existe, na própria bancada, quem reservadamente questione a continuidade de um presidente no cargo por mais de um mandato.

"Pode ser que até o dia da votação o cenário mude. Mas, atualmente, o quadro é propício para a eleição de um presidente de oposição, do PT inclusive", defendeu Gallo.

Unidade - Até para evitar que a legenda inicie outro ano rachada internamente, o PT não descarta a possibilidade de apoiar nome indicado por um dos partidos que integraram a coligação Santo André Ainda Melhor, encabeçada pelo candidato a prefeito derrotado Vanderlei Siraque (PT).

Tiago Nogueira, presidente municipal da sigla e vereador eleito, admite que a grande quantidade de pré-candidatos petistas à presidência da Câmara é prejudicial.

O PT poderá ter um nome a oferecer para a base aliada, a qual participou conosco da eleição, mas também temos de ouvir os nomes da base. Todas as hipóteses são perfeitamente discutíveis", reforçou.
O dirigente lembrou não ser apenas a presidência da Casa que está em jogo. "É preciso pensar nos acordos levando em consideração a composição da mesa diretora e a participação nas comissões".




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