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Itaú/Unibanco prevê ganho de R$ 142 mi no lucro com união
05/11/2008 | 07:35
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A união entre Itaú e Unibanco deverá gerar um lucro adicional de R$ 142 milhões na nova instituição financeira, segundo estimativa feita pelos dois bancos e na terça-feira em teleconferência a analistas. "É uma situação em que há um resultado positivo no lucro por ação já no curto prazo", afirmou Alfredo Setubal, diretor de Relações com Investidores do Itaú.

Os dados apresentados consideram, com base nos dados da First Call, que individualmente o Itaú terá um lucro de R$ 8,239 bilhões e o Unibanco, de R$ 3,079 bilhões, totalizando R$ 11,408 bilhões, com lucros por ação de, respectivamente, R$ 2,82, R$ 1,13 e as duas juntas de R$ 2,79.

No entanto, a sinergia adicional projetada de R$ 142 milhões fará com que o lucro de Itaú Unibanco Holding fique em R$ 11,550 bilhões, o que representa um lucro por ação de R$ 2,82.

Apesar desse número, o presidente do Itaú e futuro diretor-presidente da nova instituição, Roberto Setubal, afirmou que não foram feitas as contas sobre as sinergias possíveis. "É um processo lento. Um processo complexo que queremos fazer com cuidado. Não estamos com pressa em realizar sinergias", disse.

Entre as sinergias possíveis ele citou a possibilidade de ganhos com a venda de produtos e redução de custos na área de informática, com uma otimização das despesas em processamento de dados e compras de sistemas.

O executivo acredita que a autorização para a união de Itaú e Unibanco será feita em até quatro meses, prazo em que foi concluído o processo envolvendo o Bank Boston, comprado pelo Itaú em 2006. Para Setubal, como as duas instituições envolvidas são brasileiras a aprovação deve levar menos tempo.

Na segunda-feira, o Conselho de Administração do Itaú aprovou a proposta de união, que será levada à assembléia de acionistas até a primeira semana de dezembro. O conselho do Unibanco também deverá aprovar essa proposta e encaminhar para a assembléia. Segundo Pedro Moreira Salles, presidente da instituição, isso deverá ocorrer nas próximas semanas.

Aprovada nas assembléias de acionistas, a proposta de união será encaminhada ao Banco Central, que irá autorizar o funcionamento dessa nova holding.

Em teleconferência, os dois executivos defenderam que o controle da holding será compartilhado e a Itaúsa, que terá maior número de ações ordinárias que a família Moreira Salles, votará sempre em consenso com a IU Participações.

A IU Participações terá o controle compartilhado entre os Moreira Salles e a Itaúsa, cada um com 50% das ordinárias e Itaúsa com 100% das preferenciais.




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