Os americanos vão às urnas nesta terça-feira para eleger o novo presidente dos Estados Unidos. Disputam o cargo de homem mais poderoso do mundo os candidatos Barack Obama, do partido Democrata, e John McCain, do partido Republicano.

A eleição é feita de forma indireta, já que não cabe somente à população decidir quem ocupará o lugar de George W.Bush. O fato de o candidato "X" obter mais votos populares que o candidato "Y", por exemplo, não significará sua vitória. A escolha do novo presidente dependerá do Colégio Eleitoral.

O Colégio Eleitoral é composto por 538 representantes de todos os Estados norte-americanos - conhecidos como delegados. Cada Estado tem um número de representantes proporcional à sua população. Assim, quanto mais populoso um Estado é, mais delegados ele terá e maior será o seu peso na contagem de votos.

Para ilustrar: a Califórnia é o Estado mais populoso do país e, conseqüentemente, o que possui a maior delegação no Colégio Eleitoral (são 55 votos). Logo, também é o que tem mais peso na eleição do novo presidente americano. Já os Estados com menos habitantes são representados por um mínimo de três delegados.

Mas se a escolha do novo líder se dá por meio do Colégio Eleitoral, e não através da votação direta, como ocorre no Brasil, então por que os americanos vão às urnas nesta terça-feira? A resposta é simples: porque os delegados quase sempre acompanham o voto da maioria da população do Estado.

Já houve casos, porém, em que o presidente que obteve nas urnas a preferência popular não chegou à Casa Branca. Foi o que aconteceu em 2000, quando o candidato democrata Al Gore recebeu cerca de 540 mil votos populares a mais que o republicano George W. Bush, mas perdeu a eleição por conta do menor número de votos de delegados.

Por fim, vale lembrar que, para ser eleito, um candidato precisa alcançar os votos de pelo menos 270 delegados dos 538 existentes.