Motoristas e cobradores da Viação Imigrantes, de Diadema, paralisaram atividades ontem para protestar o descumprimento do decreto 5649/02, firmado entre empresa e Prefeitura na concessão.

Entre as principais reivindicações estão a contratação dos cerca de 80 funcionários - que não são registrados - e renovação da frota, "já que há veículos de 15 anos rodando", afirma Luis Carlos Moraes, presidente do Sindicato dos Condutores de Diadema.

O protesto, que reuniu cerca de 1.000 trabalhadores, aconteceu entre 11h30 e 13h30 e mobilizou motoristas e cobradores. Cerca de 60% da frota parou neste período.

Moraes diz que já tentou negociar com os donos da empresa, mas até agora não obteve resposta. "Pedimos para negociar. No entanto, eles não querem saber dos interesses dos trabalhadores", afirma.

A maior indignação da classe, de acordo com Moraes, é o piso salarial da categoria ter diminuído de R$ 1.800 para R$ 1.215 (motorista) e R$ 1.100 para R$ 600 (cobrador). "O problema é que a sede da Imigrantes fica em São Paulo e o piso da capital é menor do que o do Grande ABC. Essa é nossa maior briga", afirmou. "Sem contar que muitos motoristas não trabalham com cobradores e são obrigados a cobrar as passagens", explica.

Depois da mobilização, um grupo de trabalhadores foi recebido por vereadores na Câmara Municipal que prometeu que na próxima segunda-feira uma comissão se reunirá para discutir o melhor modo para que o decreto seja cumprido. A empresa foi procurada mas não se retornou.