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Presidente discute medidas para ajudar setor automobilístico
29/10/2008 | 07:45
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne nesta quarta-feira com executivos de todas as montadoras brasileiras para discutir medidas que evitem uma redução drástica na produção de veículos.  O setor, visto pelo próprio Lula como um dos motores da economia, já prevê redução nas vendas este ano e teme pelos resultados de 2009.

As empresas esperam do presidente a liberação de uma linha especial de crédito para financiamento de carros por parte do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, além de crédito para exportação.

Na última quinta-feira, após encontro com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, representantes do setor já haviam obtido a promessa de ajuda. Um dia depois, o BC anunciou medidas como a possibilidade de o BB adquirir carteira de clientes dos bancos vinculados às montadoras. Mas, por enquanto, a indústria não tem conhecimento de nenhuma ação efetiva.

O encontro vai ocorrer antes da cerimônia de abertura do Salão Internacional do Automóvel. Mesmo que deixe para depois o anúncio, Lula deve tentar acalmar executivos, que temem um contágio ainda maior das dificuldades externas em seus projetos locais.

Com perspectivas de vender cerca de 200 mil veículos a menos do que o previsto, as montadoras já adotam medidas para reduzir a produção.

A Fiat pára a linha de montagem amanhã, quinta e sexta-feiras. Também dispensou 1,7 mil funcionários neste mês, por 10 a 20 dias.

Depois de dois anos sem dar férias coletivas de fim de ano, a Volkswagen volta a adotar a medida nas fábricas de São Bernardo e Taubaté. Na unidade de São José dos Pinhais (PR), a parada de 10 dias será em novembro e pode se repetir no período de festas.

A General Motors já havia anunciado férias coletivas de 12 dias nas fábricas de São Caetano, São José dos Campos e Mogi das Cruzes, e de dois dias em Gravataí (RS). Na Ford, a ordem é acabar com as horas extras.




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