O governo americano vai anunciar na terça-feira novos detalhes de seu plano de resgate financeiro, entre eles a participação no capital de inúmeras instituições bancárias, no total de 250 bilhões de dólares, informou o Wall Street Journal em sua versão digital nesta segunda.

De acordo com o jornal, que cita uma fonte ligada às negociações, o governo dos EUA planeja adquirir, entre outros, "blocos de ações preferenciais de nove instituições de primeira linha".

A iniciativa "formulada pelo Departamento do Tesouro, pelo Federal Reserve e pela FDIC (o organismo federal que garante os depósitos bancários)" teria como objetivo "vincular o sistema bancário americano ao governo federal por vários anos", completou o jornal.

O departamento do Tesouro confirmou que o secretário Henry Paulson anunciará amanhã uma "série de medidas completas destinadas a reforçar a confiança" no sistema financeiro e a permitir um funcionamento normal do crédito nos EUA.

O anúncio dos novos detalhes concretos do plano de resgate bancário está previsto para as 8h30 (9h30 de Brasília), no Departamento do Tesouro.

Paulson estará acompanhado do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, e da presidente da FDIC (órgão federal que garante os depósitos bancários), Sheila Bair, acrescenta a nota.

Segundo o site do Wall Street Journal, o governo vai adquirir ações preferenciais de nove instituições financeiras, entre elas Citigroup e JPMorgan Chase, que receberão 25 bilhões de dólares cada, Bank of America e Wells Fargo, com 20 bilhões (além de 5 bilhões adicionais para cada um pela aquisição de Merrill Lynch e Wachovia), e Goldman Sachs e Morgan Stanley, com 10 bilhões de dólares cada.

O dinheiro virá do pacote de 700 bilhões de dólares desbloqueado pelo Congresso para o plano de resgate financeiro.

O plano também deve trazer uma garantia temporária das autoridades aos empréstimos interbancários, algo similar ao modelo adotado no domingo por 15 países da zona euro.