As linhas de crédito externo continuam escassas e a alternativa dos bancos para financiar as operações das empresas é buscar os recursos domésticos, conforme fontes consultadas.
O executivo de uma grande instituição brasileira, que preferiu não se identificar, afirmou que recebeu comunicado de dois bancos europeus suspendendo as operações até que a situação de liquidez da região melhore. "Não tenho visto um retorno e as linhas disponíveis têm custos abusivos", disse. Segundo o executivo, no caso de linhas de financiamento domésticas para clientes atuais não há problemas, o que ocorre é o encurtamento do prazo e a elevação das taxas de juros.
Dados divulgados pelo Banco Central ilustram a escassez para o financiamento ao comércio exterior. Em agosto, a taxa de captação foi de 14,3% ao ano, ante 9,3% em igual período de 2007.
O Banco do Brasil, maior operador desse tipo de contrato, não deverá cumprir neste ano a meta de US$ 14 bilhões em operações de comércio exterior. Até meados de setembro, foram realizados US$ 8,1 bilhões em contratos. Os novos estão sendo feitos com prazos menores, mesma estratégia adotada por outras instituições que atuam no segmento.
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