Cultura & Lazer Titulo Cinema
Penélope apaixonante
Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
10/10/2008 | 07:20
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A diretora espanhola Isabel Coixet ficou conhecida fora da Europa, mas ainda resguardada sob o selo independente, pelos extremamente sensíveis Minha Vida sem Mim (2003) e A Vida Secreta das Palavras (2005), em que também assinava os roteiros (o primeiro, adaptado do livro de Nanci Kincaid). Em Fatal, fita que estréia hoje apenas em São Paulo, Isabel assume a adaptação de Nichola Meyer do romance O Animal Agonizante, de Philip Roth, ganhador de Pulitzer, e enfrentou críticas pesadas.

Desta vez, a espanhola não conta com a colaboração habiutal da atriz canadense Sarah Polley, que protagonizou os dois filmes anteriores. No lugar da prodígio do cinema independente estão à frente do elenco a conterrânea de Isabel, Penélope Cruz, e o inglês Ben Kingsley, interpretando o casal central.

Kingsley é David Kepesh, um professor que se vale do carisma em sala de aula e do trabalho como crítico literário na TV para arrebatar belas estudantes da Universidade onde leciona, em Nova York. É dessa maneira que acredita que vai manter sua juventude.

Com nenhuma de suas conquistas é capaz de levar um romance adiante, até que conhece a personagem de Penélope, a mestranda Consuela Castillo, imigrante cubana e cerca de 30 anos mais jovem.

Atraído pela beleza impressionante da aluna, dá início a mais uma história de conquista, até que se vê apaixonado pela postura segura da garota. Os amigos (um deles interpretado por Dennis Hopper) estranham o comportamento e alertam a impossibilidade do romance.

Pela primeira vez, se vê amando, mas põe tudo a perder quando se torna obcecado por idéias de traição e afasta o objeto de desejo. O filme acompanha os personagens durante o romance e dois anos depois da separação, quando Consuela volta à vida de David com um pedido muito importante.

Em cena, apesar do peso do protagonista inglês, a crítica foi unânime em aclamar a performance da espanhola, que se disse apaixonada pela personagem desde que recebeu o livro de presente do produtor, Tom Rosenberg, cinco anos antes do início das filmagens. "É um dos personagens mais desafiadores que já tive em minha carreira, daqueles assustadores", comentou. "Eu a adoro porque você não pode colocá-la dentro de uma caixa. Ela é várias mulheres em uma só, mas é apenas ela mesma, todas as vezes - honesta, complexa... ousada e imprevisível", relata.




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