Diarinho Titulo Fique de olho
Carnaval o ano inteiro
Bruna Gonçalves
Do Diário do Grande ABC
03/03/2013 | 07:00
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Rudy Trindade/AE


Rudy Trindade/AETem quem torça para o feriado de Carnaval chegar logo para descansar. Mas no caso de Maria Eduarda Batista de Lima da Silva, 9 anos, do Rio de Janeiro, a Folia tem outro significado. É quando ela recebe a recompensa por 365 dias de dedicação.

Neste ano, a menina se destacou ao tocar tamborim à frente da bateria da escola de samba Salgueiro. O desfile foi ainda mais especial para ela porque realizou o sonho de atravessar a Marquês de Sapucaí (sambódromo carioca) ao lado da rainha de bateria Viviane Araújo, que toca o mesmo instrumento. "Soube pouco antes de desfilar. Fiquei feliz e sabia da responsabilidade."

Maria Eduarda entrou para a bateria mirim do Salgueiro aos 6 anos. Com 9, ela se uniu aos adultos. O talento para a música, no entanto, apareceu antes; aos 4 já dava os primeiros batuques em instrumentos de percussão. Além do tamborim, toca caixa, surdo, repenique, chocalho e cavaquinho, que começou a aprender recentemente.

O Carnaval 2013 passou, mas a menina já se prepara para iniciar a maratona de ensaios do que virá. "Cansa, mas quando acaba não vejo a hora de desfilar de novo. Penso em como vai ser o do próximo ano." Tirar medidas para fazer a fantasia é um dos momentos mais esperados. "É sempre surpresa."

Saiba Mais

Maria Eduarda é fã de Viviane Araújo. Elas se conheceram em 2010 e sempre conversam nos ensaios. "A Viviane é legal e samba muito bem", diz a menina, que tem várias fotos com a rainha de bateria e até chorou ao saber que desfilaria ao lado dela.

Para Maria Eduarda, Carnaval é coisa séria. "Significa compromisso e responsabilidade. O mais legal é ver a alegria do povo." Mesmo com a correria do dia a dia, a menina garante não querer largar a Folia. "Fico cansada, mas sempre arrumo tempo para fazer tudo", afirma a garota, que é boa aluna e ainda faz teatro, capoeira e futebol. Maria Eduarda tem muitos planos para o futuro: "Quero seguir a carreira de musicista, delegada ou médica".

Folia no sangue da família

O ditado popular "filho de peixe, peixinho é" se encaixa perfeitamente a Carlos Augusto Cruz Rezende, 12 anos, de São Paulo. Sua família é uma das fundadoras da escola de samba Mocidade Alegre, que levou o título de bicampeã do Carnaval paulistano neste ano. "Desde bebê frequento a escola."

Ele é conhecido como Sombrinha, em referência ao apelido do pai, o Mestre Sombra. O menino conta que rala bastante durante todo o ano para fazer bonito na avenida. "São muitos ensaios."

Mesmo tendo experiência (desfila desde 2006), fica ansioso para pisar no sambódromo. É lá que ganha responsabilidade de adulto ao ajudar o pai a comandar a bateria da agremiação.

Segundo Sombrinha, é difícil não ficar nervoso até o último voto durante a apuração das notas do desfile. "A expectativa é grande a cada ponto."




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