A economia de Santo André ganhou dinamismo nos últimos anos, o que pode ser demonstrado por indicadores como a evolução do emprego formal (com carteira assinada), a expansão do PIB municipal (Produto Interno Bruto, que é a soma da riqueza produzida no município) e os investimentos anunciados pelas empresas.

Entre 2000 e 2006, houve expansão de quase 35% nos empregos em estoque (existentes), que chegou a 156 mil, com participação importante do setor de serviços (81 mil vagas). Esses dados foram coletados pelo Observatório Econômico de Santo André e reunidos no mais recente boletim da entidade.

Segundo análise da entidade, depois do fundo do poço em termos de empregos na cidade, em 1998, fruto da abertura econômica e de mudanças tecnológicas e organizacionais (como a terceirização), lentamente houve um processo de recuperação na atividade industrial no município.

A reação é expressa também pelo número de empresas entre 1999 e 2006. Nesses sete anos, houve um salto de 9.354 para 11.190, alta de quase 20%. As empresas comerciais foram as que mais cresceram (25%), seguidas por indústrias (19,3%) e companhias de serviços (15%).

Outro sinal da força da cidade é apontada pelos investimentos anunciados pelas empresas. Dados da Fundação Seade mostram que a região recebeu US$ 4,4 bilhões entre 2001 e 2006. Santo André se beneficiou de recursos destinados à ampliação do Pólo Petroquímico e novas instalações da BridgestoneFirestone.

Segundo o coordenador do Observatório, Antonio Carlos Schifino, as perspectivas se mantém favoráveis. Há, por exemplo, novas ampliações previstas para o Pólo Petroquímico do Grande ABC, que deve duplicar sua capacidade produtiva a partir de 2010.

Com todos esses dados favoráveis, a economia do município, a segunda maior da região (atrás de São Bernardo), tem se fortalecido, o que pode ser visto pela evolução do PIB municipal nos últimos anos e pelo potencial de consumo de Santo André, bem superior ao da média nacional.