Dados divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego confirmam que o número de vagas geradas no País está em pleno crescimento. O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) aponta que o País teve um saldo positivo de 554.440 vagas com carteira assinada no primeiro trimestre, número 38,74% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.

 Ao todo, foram registradas 4.118.970 contratações no período (alta de 16,44% ante o primeiro trimestre de 2007). No entanto, ocorreram 3.564.530 demissões na mesma época (13,6% a mais na mesma comparação).

 Os resultados do primeiro trimestre são bons, mas em março mostraram ainda mais força – foram os melhores desde o começo da série, em 1992. No mês, o País teve um saldo de 206.556 vagas, alta de 41,34% ante o mesmo período do ano passado. Segundo o Ministério, houve uma alta de 0,7% no estoque de empregos formais.

 Para o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o aquecimento da economia interna explica esses números. “As pessoas estão comprando mais e isso gera mais emprego. Muitas empresas estão contratando mais porque tem certeza do crescimento.”

 O destaque, no entanto, é a construção civil, com alta de 2,08% no estoque de empregos com carteira assinada em março e de 6,51% no primeiro trimestre. O setor teve saldo de 33.437 vagas no mês passado e de 99.654 nos primeiros três meses do ano. “Esse setor está bombando”, sublinhou Lupi.

 O impulso do segmento também foi sentido na Região Metropolitana de São Paulo, onde a alta no estoque de empregos formais na construção civil foi de 2,22% no mês e 8,21% no trimestre.

 Com isso, a região teve um saldo positivo de 106.718 vagas no primeiro trimestre. Resultado 32,8% maior do que o mesmo período do ano passado. Na comparação entre marços, houve um aumento de 31,06%, com o saldo do mês passado atingindo 36.455.