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Inflação prejudica mais as famílias pobres, aponta FGV
16/04/2008 | 07:08
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As famílias de baixa renda continuam sentindo mais os efeitos da inflação que as famílias com maior renda. É o que mostra o IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1), calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda de um a 2,5 salários mínimos mensais (R$ 415 a R$ 1.037), e que subiu 2,2% no primeiro trimestre. Os dados foram divulgados ontem pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Essa é a primeira divulgação do índice IPC-C1, que será anunciado trimestralmente pela instituição.

 O resultado ficou acima do apurado em igual trimestre do ano passado (2,09%), pelo mesmo índice, e foi superior ao apurado pelo IPC Brasil – que mede a inflação entre as famílias com renda entre 1 e 33 salários mínimos (R$ 415 e R$ 13.695), e terminou o período com alta de 1,43%.

 Segundo a fundação, nos 12 meses encerrados em março, o IPC-C1 registrou variação de 5,99%. A instituição esclareceu, em comunicado, que nessa taxa acumulada, “a maior pressão de alta sobre o índice foi exercida pelo grupo alimentação, que avançou 10,83%. Com esta elevação, o grupo respondeu por 69% da formação da taxa do IPC-C1”.

 Das sete classes de despesa usadas no indicador, cinco registraram acelerações de preços ou deflação mais fraca na passagem do primeiro trimestre do ano passado para igual período deste ano. É o caso habitação (de 0,29% para 0,75%); vestuário (-4,34% para -1,37%); saúde e cuidados pessoais (de 0,77% para 0,96%); educação, leitura e recreação (de 1,58% para 2,86%); e despesas diversas (de 0,32% para 1,5%).

 A FGV pretende criar novos índices que medirão a inflação do varejo em camadas específicas de rendimento. O IPC-C1 demandou pesquisas nos últimos dois anos para ser criado. A série histórica do novo índice se iniciou em 2004.  



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