O lendário criminoso Al Capone, que apavorou a sociedade norte-americana no fim dos anos 1920, morreu de sífilis, e não em um confronto com a polícia, como seria previsível. Durante 12 anos, a esposa do mágico Harry Houdini tentou se comunicar com o falecido em todos os aniversários da morte do artista.

 Essas e outras informações ‘saborosas’ para quem aprecia a cultura inútil podem ser encontradas no livro Como Eles Morreram (Panda Books, 320 págs., R$ 45), do engenheiro e escritor Tod Benoit.

 Além de relatar as circunstâncias em que morreram personalidades como o ex-Beatle John Lennon, a atriz Marilyn Monroe e o anti-herói do punk Sid Vicious, o livro oferece uma breve biografia de defuntos famosos. A obra é dividida em tópicos como Grandes Nomes da Literatura, da Filosofia e das Artes e Figuras Notáveis da História.

 É verdade que Benoit consegue escorregar feio em informações triviais. No capítulo dedicado aos Beatles, por exemplo, se refere ao falecido guitarrista George Harrison como baixista. Mas é fato que ele descreve com impressionante riqueza de detalhes a trágica morte e o sepultamento do ex-presidente norte-americano John Kennedy.

 “John foi enterrado no Arlington National Cemetry, em Arlington, no Estado da Virgínia. Três anos depois de sua morte, mais de 15 milhões de pessoas já haviam visitado seu túmulo”, afirma.

CEMITÉRIOS

 O interesse do autor pela morte de figuras ilustres começou em meados dos anos 1980, quando ele cursava engenharia em uma universidade localizada na cidade de Lowell, nos Estados Unidos. Na época, Benoit descobriu que um de seus ídolos, o escritor beatnick Jack Kerouac, vítima de cirrose hepática, estava enterrado em um cemitério daquele município. Não à toa, o autor oferece dicas ao leitor sobre como encontrar o local onde foram sepultadas celebridades.