Os professores da rede pública de ensino do Estado de São Paulo realizaram uma assembléia sexta-feira, na Capital, e estudam uma paralisação para os próximos dias.

No dia 11, a categoria realiza o dia estadual de mobilização em protesto contra as medidas educacionais adotadas pelo governo do Estado, como adoção de apostilas em salas de aula e obrigação dos professores de seguir um conteúdo programático. “Pode até adotar o material, mas não obrigar a seguir rigidamente o conteúdo. Isso tira a autonomia, a liberdade de livre cátedra dos professores”, explica Carlos Ramiro de Castro, presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo).

A assembléia reuniu cerca de 4.000 docentes, segundo o sindicato. Na reunião houve votação para greve, que foi descartada pela maioria.

“O que estamos fazendo é construir um amplo processo para manifestação. Cada vez mais temos professores dispostos à greve e precisamos trabalhar nesse sentido para ter maior adesão para uma paralisação mais forte”, conta Castro.

Além das críticas ao modelo de ensino, a categoria também reivindica a abertura de negociação salarial com o governo estadual, pois a data-base dos servidores foi dia 1º de março. Segundo o presidente da Apeoesp, os profissionais da Educação estão sem reajuste salarial há três anos.