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Desemprego é principal razão para calote
05/04/2008 | 07:12
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Pesquisa da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) revela que o desemprego é o motivo mais citado, na cidade de São Paulo, para o atraso no pagamento de dívidas.

A maioria dos inadimplentes declara, porém, que pretende quitar o que deve nos próximos 30 dias, com recursos próprios e cortando gastos. O perfil mais comum do inadimplente paulistano é homem, entre 31 e 40 anos de idade, ganha mais de R$ 761 por mês e possui uma dívida média de R$ 1.163,66, de acordo com o levantamento.

A pesquisa foi realizada em março com 823 entrevistas, no balcão do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), mas, segundo revelou a associação, o resultado reflete dados apresentados em demais regiões do País.

O desemprego próprio ou de alguma pessoa da família foi citado por 56% dos entrevistados como motivo para a inadimplência. Destes, 73% afirmaram que estão trabalhando atualmente. Já 13% dos entrevistados destacaram o descontrole dos gastos e outros 13% afirmaram terem sido fiadores, avalistas ou terem emprestado o nome. Outras razões foram a redução da renda (6%), doença na família (5%) e salário atrasado (2%).

Pagamento - A maioria dos entrevistados (61%) na pesquisa da ACSP afirmou que pretende quitar a dívida no próximo mês. Para tanto, 79% indicam que vão cortar gastos e utilizar o próprio salário e 9% destacam outros meios, como utilizar recursos da poupança, do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), férias ou a tomada de novos empréstimos.

Para os próximos três meses, 32% disseram que pretendem fazer novas compras. Entre eles, 27% vão adquirir eletroeletrônicos, 15% móveis, 12% roupas e calçados, 10% automóveis, 8% material de construção, 6% celulares e 3% produtos de informática.

A ACSP destacou um crescimento das mulheres entre os inadimplentes, para 45% do total, ante 38% em março de 2007, devido a sua maior participação no mercado de trabalho e acesso ao crédito. Os homens ainda são maioria, mas apresentaram queda no total, de 62% para 55%.

A pesquisa mostra que 30% dos inadimplentes têm entre 31 e 40 anos, 25% entre 21 e 39 anos e outros 25% entre 41 e 50 anos.

Apenas 10% têm entre 51 e 60 anos, 6% menos de 20 anos e 4% mais de 60. Em março de 2007, 3% tinham menos de 20 anos e 1% tinha mais de 60 anos.



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