A greve nos Correios no Grande ABC acabou na noite de ontem. Em assembléia realizada na Capital, os trabalhadores da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) da Região Metropolitana decidiram aceitar a proposta feita pelo governo federal na quarta-feira.
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, junto com a direção da ECT, ofertaram ao comando de negociação da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresa de Correios e Telégrafos e Similares) prolongar por mais 90 dias o abono emergencial e trabalhar nesse período para que o benefício – valor de 30% sobre o salário nominal – se torne um adicional de risco a partir de junho.
Segundo o diretor de imprensa do Sintect-SP (Sindicato dos Trabalhadores de Correios e Telégrafos de São Paulo e Grande São Paulo), Anderson Lima de Morais, a decisão não foi unânime, mas foi aprovada pela maioria. “A proposta é boa desde que se cumpra. O adicional de risco é uma vitória histórica da categoria”, conta.
Segundo o dirigente, o salário inicial do carteiro é de R$ 603. Com o adicional, o incremento da renda fica por volta de R$ 180.
Os dias parados não serão descontados e, até o início da noite de ontem, os Correios não exigiram que os trabalhadores trabalhassem além da jornada para colocar os trabalho em dia – pedido que teria de ser feito com 48 horas de antecedência ao sindicato da categoria.
Segundo o diretor de política sindical da Fentect, Geraldo Francisco Rodrigues, com o fim da greve, o abono de março deverá ser pago em 48 horas.
“Nós tínhamos um acordo que tinha de ter sido cumprido em 1º março. Agora, o governo terá mais 90 dias para formular o adicional, mas vai depender da boa vontade deles”, explica Rodrigues.
O dirigente da federação explica que os trabalhadores estão dando uma prorrogação aos Correios e ao Ministério, mas que a greve pode ser retomada automaticamente caso o novo acordo não seja cumprido.
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