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Cuidado com o conjunto de velas
Marcelo Monegato
Do Diário do Grande ABC
02/04/2008 | 07:07
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Preservar a saúde do motor do carro, ônibus ou caminhão vai muito além da troca periódica do óleo ou da averiguação do nível de água do radiador. Para que se tenha um propulsor em perfeito funcionamento e que não deixe o proprietário na mão nas horas mais ingratas, é necessário também prestar atenção ao estado de conservação de algumas peças-chaves, como as velas.

 Muitas vezes esquecidas – talvez por serem relativamente pequenas – , elas têm uma função mais do que importante: produzir faíscas elétricas para fazer a queima da mistura combustível-oxigênio e gerar a energia necessária para o trabalho do motor.

 De acordo com o gerente de assistência técnica da Bosch, Paulo Souza, o motorista deve tomar cuidados mínimos para que a longevidade dessas peças seja mantida, entre eles o funcionamento adequado do filtro de ar e dos bicos injetores.

 Porém, a principal atenção deve ser ao combustível. O certo é abastecer sempre em postos confiáveis. “As impurezas resultantes da queima do combustível de baixa qualidade podem ficar depositadas entre os eletrodos (uma das partes da vela), dificultando a produção da faísca”, explica Souza, deixando claro que o excesso desses dejetos pode até impedir que a faísca seja gerada.

QUANDO TROCAR?

 Se o conjunto de velas foi preservado corretamente, os especialistas recomendam que a troca seja efetuada somente a cada 50 mil quilômetros.

 Porém, não são remotas as possibilidades de ocorrer a necessidade de uma substituição das peças antecipadamente. E para ter certeza de que chegou o momento da troca, o motorista deve prestar atenção em algumas reaçoes do veículo.

 Segundo Souza, três situações podem indicar que chegou a hora: perda significativa de potência do veículo; dificuldades em fazer o carro dar a partida; e consumo excessivo de combustível.

ESPECIFICAÇÕES

 Cada carro possui um motor com características distintas – independentemente de ser da mesma montadora. Por isso, na hora de fazer a troca das velas, preste atenção nas especificações inclusas no manual do proprietário.

 Caso não exista esta especificação (o que é difícil), o certo é que se pergunte a um mecânico de confiança ou ao atendente de uma autopeças qual o tipo de vela adequado para seu veículo.

 Elas são projetadas para funcionar entre 450ºC e 900ºC. Quando são utilizadas velas inadequadas, que trabalham com temperaturas inferiores à média, pode haver um acúmulo de carvão nos eletrodos, inviabilizando seu funcionamento. Já quando as temperaturas ultrapassam os 900ºC, pode ocorrer o derretimento do material.

SABICHÃO

 Para os sabe-tudo, que preferem fazer a troca das velas em vez de gastarem dinheiro com um profissional, Souza faz um alerta. “É necessário ter uma técnica para tirar e colocar a vela no local. Existe um torque (força) ideal para apertá-la”, explica.



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