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Chiquinho nega ter oferecido vice a Diniz
Sérgio Vieira
Do Diário do Grande ABC
31/03/2008 | 07:31
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O ex-superintendente do Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) e pré-candidato a prefeito Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra (PSB), negou que tenha intenção em ter ao seu lado na chapa, como vice, o vereador Diniz Lopes (PSDB), que também é prefeiturável.

“Política é a arte da composição, mas o eleitor de Mauá precisa ter todas as frentes que estão se colocando para a eleição: a do PT, a do PSB e a do PSDB”, afirmou. “Cada um precisa ter seu grupo no primeiro turno. Este jogo de estarmos juntos neste momento não existe. Vamos encarar a realidade. Para mim, o Diniz tem de manter a candidatura dele.”

Apesar da política da boa vizinha, Chiquinho disse que pretende vencer Oswaldo Dias (PT) e Diniz nas urnas. “Quero ter mais votos que os dois, se possível no primeiro turno.”

Mesmo assim, o ex-superintendente do Sama e homem-forte da administração não descarta uma aliança com o grupo do tucano no segundo turno. “A gente precisa ter consciência que nosso adversário em comum é o PT. Estamos de lados opostos neste momento, mas sou amigo do Diniz. Dessa forma, existe a possibilidade de estarmos juntos no segundo turno”, analisou.

Quando Diniz ocupou interinamente a Prefeitura de Mauá – entre janeiro e 5 de dezembro de 2005 –, por conta do imbróglio jurídico envolvendo Leonel Damo (PV) e o petista Márcio Chaves – Chiquinho também esteve à frente da autarquia municipal.

Desde que retornou à Câmara, Diniz – que chegou a empossar secretários nomeados por Damo – passou a fazer uma oposição ferrenha ao governo.

Chiquinho também rebateu as declarações do chefe do Executivo, que na semana passada disse ao Diário que “Diniz seria um ótimo vice para o Chiquinho”, apesar de os dois serem adversários políticos. “Entendo que o pensamento dele seja para somar, ajudar, mas eu discordo da opinião dele. O PSDB tem o direito de lançar sua candidatura a prefeito de Mauá”, ressaltou.

No ano passado, quando deixou o PR e ingressou no PSDB, Diniz chegou a anunciar, inclusive, seu candidato a vice: o vice-presidente da Câmara, Carlos Alberto Polisel (PSDB).

O prefeiturável do grupo governista também se mostrou incomodado com a afirmação de Diniz, durante um discurso em uma das sessões, de que teria sido sondado por emissários de Chiquinho. “Volto a reafirmar que não ofereci a vaga de vice a ele. Não existiu esse convite.”

Definição - Chiquinho disse que a definição para a escolha do companheiro de chapa deverá ficar para junho, próximo das convenções partidárias. “Não há necessidade de antecipar essa discussão. Vamos conversar com os partidos aliados e decidir juntos qual a melhor opção para estar conosco.”

Nos corredores políticos de Mauá, comenta-se que existam pelo menos cinco políticos, de várias legendas, interessados na vaga de vice-prefeito.

Entre os nomes estão os secretários de Obras, Admir Jacomussi (PRP), e de Assistência Social, Silvia Regina Grecco (PDT), irmã do vereador Edgar Grecco (PDT). O ex-deputado federal Wagner Rubinelli (PPS), que também se anunciou como pré-candidato a prefeito, também poderia ser uma alternativa para compor com Chiquinho do Zaíra.



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