A 15 dias da véspera de Natal, o consumidor deve preparar o bolso para arcar com alta carga tributária sobre os produtos típicos da época. Fazer a ceia em casa não sai nada barato – 59,49% do preço do tradicional champanhe correspondem a tributos. Para se ter ideia, neste caso, um produto que custa R$ 10, por exemplo, tem R$ 5,94 destinados aos cofres públicos.

Nem o bolo natalino escapa das garras do Leão, com 34,63% de impostos. Para completar a mesa temos o chester ou peru, com carga tributária de 29,32%. É o que consta levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário.

Aqueles que optarem por jantar em restaurante também não passam ilesos da mordida do Fisco. Do total da conta, 32,31% serão revertidos aos cofres públicos.

O presidente do IBPT, João Eloi Olenike, explica que o consumidor arca com todo o imposto que incide nos itens desde sua produção. “Toda transformação pela qual o produto passa reflete no valor final. O problema é que na nota fiscal da compra desses itens nunca sabemos o quanto estamos pagando pelos tributos. O consumidor sempre se orienta pelo preço.”

A dica, portanto, é pesquisar e solicitar a Nota Fiscal Paulista, que reverte parte do imposto pago ao consumidor. “É uma forma de o governo devolver parte do que foi gasto. É a única alternativa que temos hoje.”

PRESENTES - Na hora de presentear amigos e parentes, o consumidor brasileiro também não fica livre da mordida do Leão, muito pelo contrário, é quando mais desembolsa valores para satisfazer o apetite do Fisco.

A carga tributária do perfume importado, por exemplo, chega a 78,43% do valor do produto; do aparelho de MP3 ou Ipod, 49,45%; da bicicleta, 45,93% e dos brinquedos é de 39,7%. O videogame, predileto da garotada, traz a maior taxa entre os eletrônicos: 72,18%.

DECORAÇÃO - Enfeitar a casa não sai nada barato e os impostos também pesam no bolso do brasileiro neste momento. Tradicional símbolo do Natal, a árvore tem carga tributária elevada, de 39,23%.