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BNDES libera R$ 48,5 mi para projeto da PQU
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
18/03/2008 | 07:18
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A diretoria do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) acaba de aprovar um financiamento no valor de R$ 48,5 milhões para um projeto da PQU (Petroquímica União), de Santo André, que deve reduzir o impacto ambiental de seu processo produtivo.

Trata-se de recurso destinado, entre outras coisas, à instalação de um novo flare – tocha que fica acesa constantemente e que faz parte do sistema de segurança das tubulações da companhia – do tipo enclausurado.

Poucas petroquímicas no mundo têm um sistema semelhante, que oferece diversas vantagens em relação à tecnologia tradicional.

A mais comum é a do stack flare, que são torres que contêm no alto uma chama para a queima do gás, quando acionado – nos casos em que há alguma irregularidade na produção – gera ruído, fumaça e odor desagradável.

Já o novo equipamento não possui chama externa, não gera fumaça e tem baixíssimo nível de ruído. Isso porque o cilindro é isolado e os queimadores ficam no seu interior.

A tecnologia comportará a expansão de 40% na capacidade produtiva de eteno (principal item da companhia) – a PQU investe estimados R$ 1,1 bilhão para dar início no segundo semestre à fabricação ampliada.

O stack flare não será desativado. No entanto, em caso de problemas no processo produtivo, a empresa acionará primeiro o do tipo enclausurado.

O novo sistema vai aumentar em 100 toneladas por hora a capacidade de queima de gases sem emissão de fumaça.

ÁGUA

O valor de R$ 48,5 milhões, que abrange ainda a modernização de estações de desminerilização de água e reforma das caldeiras, corresponde a 77% do total dessas obras – orçadas em R$ 62,9 milhões. Os 23% restantes serão oriundos de recursos próprios.

A meta da PQU é produzir, com a modernização, 220 m³ de água desmineralizada por hora, minimizando a geração de resíduos. Por sua vez, a reforma das caldeiras deverá aumentar a capacidade de geração e elevação da temperatura do vapor.

O montante aprovado superou em 10% as expectativas da empresa. Em nota, a petroquímica afirmou que o fato demonstra que o “BNDES compartilha a visão sobre a importância de projetos que privilegiem a preservação do meio ambiente por meio do crescimento produtivo sustentável”.



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