A produção da indústria paulista referente a fevereiro deve cair 0,4% no confronto com o mês anterior. ê o que mostra o SPI (Sinalizador da Produção Industrial) de São Paulo, divulgado ontem. Em janeiro passado, o índice teve aumento de 1,5% ante dezembro de 2007, na série com ajuste sazonal.

O objetivo do indicador, elaborado por meio de parceria entre a FGV (Fundação Getúlio Vargas) e a AES Eletropaulo, é o de antecipar as tendências da atividade industrial no Estado. Na análise das instituições, o resultado mostra “uma aparente acomodação após o expressivo resultado de janeiro, quando o setor havia crescido 3,4% sobre o mês anterior”, segundo comunicado das duas organizações.

No período de 12 meses encerrado em fevereiro, a taxa do SPI subiu 7,3%, superior ao aumento de 6,9% registrado no mês anterior, na mesma base de comparação.

A FGV e a AES Eletropaulo informam que os resultados mensais são preliminares, sujeitos à revisão.

A produção industrial paulista deverá manter o ritmo de crescimento até o final do primeiro semestre, segundo o economista Paulo Picchetti, coordenador do SPI. Ele faz esta previsão mesmo com o índice tendo registrado em fevereiro uma queda de 0,4%. Para Picchetti, a queda do mês passado foi encarada praticamente como uma estabilidade do índice na margem, em relação a janeiro, mas em um patamar ainda elevado.

O otimismo de Picchetti ganha mais relevância porque, segundo ele, no acumulado de 12 meses, que suaviza os efeitos sazonais, o SPI registra uma alta de 7,5%

“Desde julho de 2007 que a variação acumulada do SPI vem ganhando um acréscimo de 0,5 ponto porcentual mês após mês”, diz. Além disso, lembra Picchetti, pesa a favor da trajetória do SPI a base fraca de comparação do índice até o final do segundo semestre do ano passado