É obrigação das instituições financeiras – como os bancos – informar o cliente sobre juros, tarifas e o valor total do crédito pré-aprovado dissolvido nas prestações no momento da negociação seja pelos caixas eletrônicos, pela internet ou pelo telefone.

O direito que já era garantido pelo CDC (Código de Defesa do Consumidor) agora ganhou um reforço. A resolução do CMN (Conselho Monetário Nacional), que entrou em vigor no início desta semana, determina a discriminação detalhada. “O crédito fácil é um avanço quando segue estas determinações. Mas isso não está acontecendo”, afirma o diretor do Procon de Santo André, Charles Moura Alves.

Nos caixas eletrônicos, as informações sobre juros e taxas cobradas no crédito pré-aprovado são mínimas. Exemplo disso é a simulação feita pelo Diário (leia matéria acima) em uma máquina de auto-atendimento do HSBC. O único dado fornecido é o valor final das prestações.

Pela internet, os dados também não foram localizados com facilidade pela reportagem. Além de paciência, foi preciso muitos cliques para encontrar a informação que deveria ser de fácil acesso.

O problema também se repetiu nos sites do Unibanco, Bradesco e Itaú. Já no site do banco Real, os dados são encontrados com facilidade.

Segundo a assessoria de imprensa do HSBC, o crédito pré-aprovado pode ser parcelado em até 24 vezes e as taxas de juros variam entre 1,6% e 6,43%.

No Bradesco, o juro inicial é de 3,51% e o empréstimo pode ser quitado em até 24 parcelas. No Unibanco, o crédito pré-aprovado tem limite de até R$ 20 mil, de acordo com o perfil do cliente.