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Mulheres da Força reivindicam igualdade para as trabalhadoras
Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
07/03/2008 | 07:09
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As sindicalistas da Força Sindical levam hoje à Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e à Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) uma pauta de reivindicações pedindo igualdade salarial para as trabalhadoras e cláusulas sociais voltadas para as necessidades da mulher.

O texto contém 18 reivindicações ao todo e trata desde os rendimentos à estabilidade para a mulher que cumpre diversas jornadas.

Segundo a secretária nacional de Políticas para a Mulher da central, Neusa Barbosa de Lima, o desafio é que a trabalhadora receba um olhar diferenciado do empresariado.

“Não é querer vantagens, mas a mulher tem necessidades diferentes, pois ela é mãe, esposa e dona-de-casa. São muitas jornadas. E o desafio não é apenas para o setor patronal, mas para a sociedade como um todo”, explica a dirigente.

Para Neusa, uma das principais reivindicações é a equiparação salarial. “Sabemos que ainda há muita diferença. Por mais que no começo todos recebam igual, depois de um tempo, o salário é diferente entre homens e mulheres”, conta.

O texto também reivindica o direito da mulher trabalhadora à maternidade com mais estabilidade. Uma das cláusulas é a licença maternidade por seis meses, sendo os dois últimos custeados pela empresa. Outro pedido é o direito igual entre mães biológicas e adotivas.

“Se a criança tem menos de um ano, a lei permite a licença por 120 dias. Queremos 180, pois são mães do mesmo modo”, comenta a sindicalista.

Há também reivindicações que tratam dos direitos da trabalhadora doméstica e da busca por um trabalho descente.

Falta informação sobre crédito pré-aprovado

Cristiane Bomfim<br>Do Diário do Grande ABC

Na hora do sufoco, a comodidade de fazer empréstimo pré-aprovado em um caixa eletrônico pode parecer a solução para os problemas financeiros: é simples, rápido e o dinheiro cai automaticamente na conta. Mas, segundo o Procon, toda essa facilidade pode custar caro ao consumidor. A falta de informações sobre a negociação é a principal delas.

“No geral, este tipo de transação nos caixas eletrônicos não informa o montante de juros, as tarifas bancárias para o empréstimo, acréscimos como o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e o valor final do empréstimo. Essa falta de informações fere o direito do consumidor”, explica o diretor do Procon de Santo André, Charles Moura Alves.

Embora as taxas de juros deste tipo do crédito pessoal sejam mais baixas que a do cheque especial – em fevereiro a média mensal cobrada pelos bancos foi de 5,49% para empréstimos, contra 8,21% do cheque –, o diretor do Procon afirma que cerca de 50% dos consumidores que procuram a entidade para resolver assuntos financeiros querem renegociar as dívidas. “Por falta de informação os clientes acabam fazendo dívidas maiores do que podem pagar”, explica Alves.

EMOÇÕES

Outro grande perigo do crédito pré-aprovado, segundo o diretor do Procon, é que ele se aproveita das emoções do consumidor.

“A pessoa que está precisando de dinheiro, muitas vezes recorre à esta facilidade de ter o dinheiro na mão e acaba se superindividando. Podemos dizer até que é uma oferta enganosa porque leva o sujeito a crer que é a coisa mais simples do mundo, quando não é”, diz Alves.

PRÉ-APROVADO

De acordo com os bancos, o crédito oferecido nos caixas eletrônicos são pré-aprovados. Por isso o valor do limite varia de cliente para cliente de acordo com o perfil sócio-econômico e o rendimento mensal. A vantagem, segundo estas instituições, é a facilidade em ter o dinheiro na mão em curto prazo: o valor solicitado na máquina – desde que esteja dentro do limite – cai na conta automaticamente após o último clique.

São poucas etapas antes da finalização do processo. Em simulação feita pelo Diário no caixa eletrônico do HSBC, em menos de três minutos o empréstimo estava concluído.

Depois de digitar a senha, foi preciso mencionar o valor do pedido e o número de parcelas a serem pagas. A única informação que o cliente tem acesso é o valor das prestações do empréstimo. Não são mencionados os valores das tarifas e da taxa de juros cobrada mensalmente.




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