A partir das 10h da manhã desta segunda-feira, as centrais sindicais promovem a campanha pela redução da jornada de trabalho e lançam, em nível nacional, o abaixo-assinado em prol da mudança de 44 horas semanais para 40.

Essa é a principal bandeira da luta das entidades de representação dos trabalhadores neste ano, que começou a ganhar corpo na última marcha das centrais em Brasília, em dezembro do ano passado.

O objetivo é conseguir mais de um milhão de assinaturas em um documento que será encaminhado com uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) com apelo popular ao Congresso Nacional, tornando obrigatória a discussão do tema no Legislativo.

Segundo os sindicalistas, a sugestão do abaixo-assinado partiu do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva como iniciativa popular quando recebeu os dirigentes na marcha na Capital federal.

Para reforçar a mobilização, além do ato político na Praça Ramos de Azevedo, Centro de São Paulo, cerca de 100 mil metalúrgicos da Força Sindical farão uma paralisação em apoio a campanha pela redução da jornada sem corte nos salários.

Estudo - Segundo a secretária de Política Sindical da CUT (Central Única dos trabalhadores), Rosane Silva, com a redução da jornada serão gerados de imediato 2,5 milhões de empregos. Caso isso ainda seja combinado com o controle limitador de horas-extras, esse número pode pular para 3,5 milhões de vagas.

Segundo sindicalistas, a mudança na Lei que regulamenta o período semanal de trabalho também não diminui a competitividade das empresas. Além disso, a expectativa é que se diminua o número de pessoas lesionadas no emprego, a busca de auxílio no INSS e se incentive a formalidade.