A ABI (Associação Brasileira de Imprensa) classificou como “uma campanha de intimidação e coerção sem precedentes na história da comunicação no Brasil” as ações judiciais contra jornalistas e a direção de três jornais – Folha de S.Paulo, Extra, do Rio, e A Tarde, de Salvador – por fiéis e pastores da Igreja Universal do Reino de Deus.

As ações questionam reportagens dos veículos sobre o patrimônio de Edir Macedo, líder da igreja, e as agressões a imagens de santos católicos feitas por membros da Universal.

O presidente da ABI, Maurício Azêdo, afirmou que o fato de as ações terem sido ajuizadas em localidades distantes – onde, em alguns casos, só é possível chegar de barco – demonstra a intenção dos autores. “Há a nítida pretensão de dificultar o direito de ampla defesa e do contraditório assegurado pela Constituição”, argumentou Azêdo.

Da mesma forma, a ANJ (Associação Nacional dos Jornais) se manifestou contra a conduta da Universal. “É uma intimidação ao livre exercício do jornalismo e uma tentativa espúria de usar o Poder Judiciário contra a imprensa”, afirmou, em nota, a entidade.