Com média de 4,6 pontos e amargando o quarto lugar no Ibope, estreou anteontem no SBT a nova versão do telejornal popularesco Aqui Agora.

A Globo continuou liderando o horário com 24 pontos, a Record ficou com oito e a Band, com 4,9, desbancando a previsão de Silvio Santos, que esperava cerca de dez pontos de audiência para o programa.

Fora do ar desde 1997 – a primeira versão foi exibida durante seis anos –, a atração conservou o modelo de reportagem imortalizado pelo lendário Gil Gomes: câmeras e microfone exageradamente perto de pequenas desgraças cotidianas.

Uma atração à parte, a apresentação feita pelo quarteto Luiz Bacci, Herberth de Souza, Christina Rocha (sim, a líder do lastimável Alô Christina) e Joyce Ribeiro foi, no mínimo, cômica, para não dizer trágica.

Visivelmente nervosos, os jornalistas gaguejaram e mostraram-se um tanto desconfortáveis com a situação.

Além de ressuscitar boa parte da equipe, como Celso Russomanno, o novo Aqui Agora trouxe de volta Felizberto Duarte, que, de smoking, encerrou a apresentação da meteorologia com seu tradicional bordão: “E piriri e pororó”.

Entre as 12 matérias que foram ao ar, parte era digna de gargalhadas. Um exemplo foi o salvamento de um cachorro em um incêndio. Ao constatar que não havia vítimas, o repórter ‘salvou’ a reportagem com a história de Bob, um poodle que ficou preso dentro de uma das casas em chamas e foi resgatado pela dona desesperada. Na tela via-se “Cachorro de pensão escapa chamuscado de incêndio”. Um exagero: o pobre animal estava sujo e não chamuscado.

Serviço para a população, a atração só trouxe mesmo tomadas aéreas do trânsito. Faltou ‘apenas’ dar importância à razão pela qual um telejornal deve existir: informações relevantes.