Otávio Manente já cravou dezenas de vezes que “o PPS não entrará na disputa para ocupar a vaga de vice”. O posicionamento do ex-governista é o mesmo desde que abandonou o Paço, em 2007, para dedicar-se à formação da terceira via nas eleições de outubro, ao lado do filho, o deputado estadual e coordenador regional do PPS, Alex Manente.

 

Com o anúncio da crise do grupo liderado pelo prefeito William Dib (PSB), que na última semana enfrentou o fim da parceira entre Morando e Maurício e divisão do bloco, o discurso de Otávio Manente parece estar ainda mais afiado. “Com o novo cenário, estamos fortalecidos para encarar as urnas.”

 

A segurança sobre o futuro pôde ser observada durante o ato que confirmou a coligação com o PCdoB, na última terça-feira. “Hoje, mais do que nunca, podemos dizer que o projeto delineado para São Bernardo trata-se de uma nova política, com novos formatos de administração, visando participação popular. Isso nos dá uma condição de traçar objetivos concretos, diferentes aos da atual gestão.”

 

Na avaliação de Otávio Manente, unir-se aos governistas significa dar continuidade à administração de Dib.

 

“É preciso sair da polarização, a população não pode ficar limitada apenas a duas possibilidades. O povo agora pode acreditar em uma terceira alternativa”, ressalta.

 

Futuro incerto - Orlando Morando, que assumiu pré-candidatura a prefeito na última sexta-feira, não confirmou se estaria disposto a formar chapa com o ex-secretário de Obras.

 

No entanto, o parlamentar também não descartou a possibilidade de futuras conversas com o PPS. “Não falo sobre isso no momento. O PSDB precisa, primeiro, referendar meu nome. Depois definiremos a estratégia das alianças e o vice.”