Dizem que a Salvador tem 360 igrejas, uma para cada dia do ano. A informação é passada até mesmo pelos órgãos de turismo da cidade e do Estado. Não importa o número correto. Só não vale é ir à cidade e deixar de entrar em pelo menos uma delas.

Há desde as mais simples até as mais ricas. Neste ponto, o conjunto de Convento e da Igreja de São Francisco ganha. As paredes do templo são revestidas de ouro. Vale a pena pagar R$ 3 para poder ver tanta exuberância. A fachada, de 1723, é barroca. Painéis de azulejos contam a história do nascimento do santo e de sua renúncia aos bens materiais.

O Largo São Francisco, que abriga também a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, é continuação do Terreiro de Jesus. Lá estão, entre outras edificações históricas, a Catedral Basílica –, antiga Igreja dos Jesuítas – e as igrejas da Ordem Terceira de São Domingos e de São Pedro dos Clérigos. A Catedral Basílica mistura os estilos barroco e rococó e é do século 17. Ouro, mármore, jacarandá e marfim de tartaruga estão entre os materiais utilizados em sua edificação.

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos se destaca no coração do Pelourinho, com sua cor azul no frontão, que ostenta ainda duas belíssimas torres.

Mais distante dessas todas, situada na Cidade Baixa, está a Igreja do Senhor do Bonfim, cuja construção começou em 1754. A lavagem das escadarias da igreja (com 10 degraus) ocorre na quinta-feira antes da festa em homenagem ao santo (no segundo domingo depois do Dia de Reis), em janeiro. E o sincretismo religioso em estado bruto está lá desde a construção da igreja, talvez a mais conhecida entre todas da cidade. É a verdadeira união entre catolicismo e candomblé.