Seis homens atacaram com armas automáticas nesta sexta-feira a embaixada de Israel em Nuakchot, na Mauritânia, um dos raros países da Liga Árabe que mantém relações diplomáticas com o Estado hebreu, deixando vários feridos.

O ataque, classificado como "ato de terrorismo" por Israel, aconteceu um mês depois do assassinato de quatro turistas franceses por homens que foram apresentados como ligados ao movimento Al Qaeda e do cancelamento do rali Dacar 2008 devido a ameaças terroristas.

"Confirmo que tiros foram disparados contra nossa embaixada. Confirmo que não há feridos entre o pessoal da embaixada, nem entre os mauritanos que trabalham conosco", declarou o embaixador israelense, Boaz Bismuth.

Segundo o diplomata, a embaixada estava vazia na hora do ataque. Uma testemunha mauritana falou de cinco feridos, incluindo um estrangeiro, talvez francês, atingido por uma bala perdida.

Um grupo de homens vestidos com túnicas africanas e turbantes e falando em árabe disparou contra a embaixada e recebeu resposta imediata dos seguranças do lugar, militares mauritanos.

O Exército mauritano cercou o local depois do ataque. A chancelaria indicou ainda que foram chamados a Nuakchot especialistas em segurança para examinar a proteção da embaixada.

Este atentado acontece num momento em que várias pessoas pedem na Mauritânia a ruptura das relações diplomáticas com Israel, estabelecidas em 1999 sob o regime do presidente Maauiya Ould Taya, derrubado em 2005 por um golpe de Estado militar.