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Viagem histórica
Margareth Meza
Especial para o Diário
17/01/2008 | 07:14
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Ubatuba é uma das cidades mais antigas do País, fundada em 28 de outubro de 1638. Os primeiros moradores a habitar terras ubatubenses foram os índios Tupinambás, considerados exímios canoeiros. E tantos anos de história, quase 400 ao todo, podem ser conhecidos por meio de edificações tombadas pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico).

Uma desses vestígios históricos são as Ruínas da Lagoinha, antiga fazenda do Engenho do Bom Retiro, erguida no final do século 17. Na propriedade cultivava-se café, açúcar mascavo e aguardente, mas dizia-se que também serviu de ponto para a realização do tráfico negreiro.

Ainda hoje, no interior das ruínas, encontra-se o que restou de uma roda d' água, uma pedra de granito de 1,60 metro de diâmetro, utilizada para o beneficiamento da cana-de-açúcar.

Outro prédio antigo é a Câmara Municipal, mas não se sabe ao certo a data em que foi construído. Apesar disso, se tem conhecimento que, em 1864, a Câmara começou a funcionar por lá. O local passou por reformas na década de 1960, mas a fachada é a mesma do século retrasado.

SOBRADÃO DO PORTO

Outra edificação que merece visita é o Sobradão do Porto, a única sobrevivente entre os casarões construídos pela elite ubatubense. As construções entraram em derrocada junto com o porto da cidade, logo após a construção das ferrovias São Paulo Railway e D.Pedro II.

A casa foi erguida em 1846 por um rico comerciante e fazendeiro. Além disso, foi o primeiro prédio do município feito com três pavimentos, sendo que no térreo funcionava um entreposto comercial e, nos demais andares, residia o proprietário e sua família. Em 1987, tornou-se sede da Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba (Fundart) e serve de espaço para exposições, cursos e oficinas culturais.

PINCIGUABAUbatuba possui ainda uma vila de pescadores, a Picinguaba, localizada quase na divisa com Paraty, no Rio de Janeiro. O local, apesar de apresentar traços provenientes do turismo, como as pousadas, é um dos poucos do litoral paulista que ainda preserva casas, canoas e materiais de pesca típicos de um reduto caiçara. Situada no Núcleo Picinguaba, dentro do Parque Estadual da Serra do Mar, foi tombada pelo Condephaat em 1983.



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