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Israel permite entrada de combustível em Gaza e alivia bloqueio
Da AFP
22/01/2008 | 10:27
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Vários caminhões de transporte de combustível puderam entrar nesta terça-feira na Faixa de Gaza depois que Israel aliviou o bloqueio a este território palestino, controlado pelo movimento islamita Hamas.Para o presidente palestino, Mahmud Abbas, no entanto, a suspensão parcial do bloqueio é insuficiente.

"Isso é insuficiente e continuaremos com nossos esforços para obter a suspensão total do bloqueio", declarou Abbas à imprensa em Ramallah, depois de um encontro com o chefe da diplomacia holandesa, Maxime Verhagen.

Dois caminhões transportando gás doméstico e outros três com combustível para geradores cruzaram a passagem na estrada de Nahl Oz, entre Israel e a Faixa de Gaza. Foi a primeira vez que abastecimento de qualquer tipo entrou em Gaza desde que, na tarde de quinta-feira, o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, ordenou o fechamento do território em represália aos persistentes disparos de foguetes palestinos contra Israel.

O bloqueio levou ao fechamento da única central elétrica de Gaza, o que mergulhou o território na escuridão e despertou a preocupação quanto a uma possível crise humanitária na região, onde seus 1,5 milhão de habitantes dependem em grande parte da ajuda internacional.

O diretor da central elétrica declarou que esperava retomar a geração de eletricidade em poucas horas. "Quando chegar a quantidade de combustível necessária, voltaremos a colocar as turbinas em funcionamento", informou Rafiq Maliha.

O porta-voz do Ministério israelense das Relações Exteriores, Arieh Mekel, afirmou que a entrega de combustível chegará aos 2,2 milhões de litros, o que "deve ser suficiente para que a usina funcione durante uma semana". Ele também disse que será permitida a entrada de 50 caminhões carregados com ajuda humanitária, alimentos básicos e medicamentos.

Egito- As forças de ordem egípcias dispersaram nesta terça-feira com jatos de água manifestantes palestinos que tentavam forçar a passagem pelo posto de Rafah, na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito.

Dezenas de mulheres se reuniram diante do terminal para exigir sua reabertura e romper assim o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza. Os policiais egípcios forçam que se afastassem usando a força de mangueiras de água.

Repercussão- O impacto do bloqueio israelense despertou o alarme internacional e a UE (União Européia) acusou Israel de impor um castigo coletivo à população da região. As Nações Unidas, por sua vez, advertiram que não poderão distribuir ajuda humanitária a milhares de pessoas se o bloqueio persistisse.

A comunidade internacional teme que o bloqueio acabe com as negociações de paz entre israelenses e palestinos, retomadas em novembro passado por iniciativa de Estados Unidos depois de anos de paralisia.

O Conselho de Segurança da ONU decidiu realizar nesta terça-feira uma reunião de urgência para estudar a delicada situação na Faixa de Gaza, a pedido dos embaixadores árabes.

A decisão de fazer a reunião, às 10h (13h de Brasília), para discutir a crise humanitária criada pelo bloqueio israelense em Gaza, foi tomada durante consultas a portas fechadas.




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