A escolha de Gilson Menezes (PSC) como vice na chapa do PT, que será encabeçada pelo deputado estadual Mário Reali – uma das possibilidades mais discutidas no cenário político de Diadema –, é apreciada pelo PSDB, principal adversário dos petistas na disputa pela sucessão municipal.

Os tucanos, que mais uma vez terão como candidato à vaga o deputado estadual José Augusto da Silva Ramos, apostam em um alto índice de rejeição contra Gilson.

Segundo o articulador da legenda, o vereador José Dourado, existe um outro fator relevante: o histórico de brigas entre o PT e Gilson Menezes (leia arte nesta página). “As pessoas não têm memória curta como dizem por aí. Aqui na cidade, elas não esquecem de como o PT falou mal do Gilson e vice-versa. Até outro dia ele não prestava, e hoje pode ser o candidato a vice do Mário” diz o parlamentar.

Dourado cita também uma possível insatisfação dos antigos apoiadores de Gilson. “Ele deixou muitos aliados na mão. Eles não esqueceram e por isso estamos na torcida para que seja feita essa composição com os petistas, que estão acostumados a entrar em contradição.”

RESPOSTA - Sobre a questão, Gilson Menezes minimiza as críticas e afirma estar focado somente nos planos futuros para o município. “Não vou ficar respondendo esse tipo de coisa. Essas afirmações fazem parte do jogo político. Entretanto, a população está mais preocupada com os planos de governo de cada candidato”, responde.

Contudo, Gilson ressalta que disputará a Prefeitura. “Tive alguns encontros com alguns petistas, mas nada formal. Sou candidato a prefeito”, garante. Procurado, o deputado estadual e candidato pelo PT Mário Reali não respondeu à reportagem.

Nos últimos meses, muitas foram as especulações envolvendo a nomeação do vice petista. A mais recente direcionou o foco para o ex-vereador Manoel José da Silva, o Adelson (PSB), que passou a ter seu nome cogitado após uma proposta do PT.

Os socialistas, que hoje pertencem ao bloco de oposição, admitiram ter recebido o convite para comandar a Secretaria de Esportes em troca de apoio.

No entanto, Adelson, que já anunciou candidatura própria, garante que não existe qualquer possibilidade de apoio aos petistas.

“A única chance de estarmos juntos é se eles decidirem me apoiar nas eleições. Vamos manter nossa posição”, explica Adelson.

Dois importantes partidos do bloco de sustensação do governo, PV e PCdoB, já se manifestaram contrários às opção de vice.