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Israel mantém bloqueio em Gaza apesar do risco de crise
Da AFP
21/01/2008 | 10:30
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A Faixa de Gaza, submetida a um bloqueio israelense há quatro dias sem serviço de energia elétrica, está à beira de uma grave crise humanitária. O movimento radical Hamas, que controla o território, acusa Israel de "condenar à morte" os habitantes da região. A única central elétrica do território, que fornece energia à cidade de Gaza, foi fechada no domingo depois que ficou sem combustível, deixando boa parte da localidade no escuro.

A Acnur (Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos) afirmou que a situação no território, onde mais de 1,5 milhão de habitantes dependem da ajuda externa, é "desesperadora". "É uma situação humanitária desesperadora que continua se deteriorando de forma alarmante", declarou o porta-voz da Acnur, Christopher Gunness.

O trânsito caiu consideravelmente nas ruas da cidade de Gaza, que tem 600 mil habitantes. Filas enormes são vistas nas padarias que ainda têm combustível. "Tenho 12 filhos e não há pão em casa. Não temos eletricidade, só velas. As crianças estão com medo do escuro, não sabem o que acontece", afirma uma mulher que suportou três horas de frio na fila.

O fechamento da central aconteceu no período de aumento da demanda no inverno. Além disso, Gaza ainda sofre as conseqüências das restrições anteriores impostas por Israel depois que o Hamas assumiu à força o poder neste território há sete meses.

De acordo com o Ministério da Defesa de Israel, o fechamento da fronteira tem como meta pressionar os radicais e impedir o disparo de foguetes contra o território hebreu. Fontes ministeriais afirmam que não existe plano para a suspensão do bloqueio nos próximos dias e que o Hamas deve decidir se prossegue com os disparos.

O vice-premiê de Israel, Jaim Ramon, também atribuiu a responsabilidade do bloqueio ao Hamas e disse esperar uma pressão internacional sobre o grupo radical para que cesse os crimes de guerra.

Já o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, pediu ao governo israelense a suspensão imediata do bloqueio a Gaza e a autorização a entrada de combustível para facilitar a vida dos inocentes e permitir o funcionamento adequado dos hospitais.




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