Economia Titulo Orientação
Consumidor deve ficar atento
antes de efetivar uma compra

Procon orienta exigir todas as tratativas por escrito para evitar
dores de cabeça no futuro e transformar o sonho em pesadelo

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
25/02/2013 | 07:28
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A compra de um carro, assim como outras aquisições que envolvem valores elevados, exige atenção redobrada do comprador. Uma das orientações de especialistas em defesa do consumidor é que tudo que a pessoa acertar verbalmente com o vendedor seja colocado por escrito. Outra dica é verificar com cuidado as condições do produto e do contrato. Se isso não ocorrer, o que era para ser a realização de um sonho pode se tornar fonte de dores de cabeça.

O administrador de empresas Fabio Bacco e sua noiva Luana Caiado que o digam. Eles queriam um carro zero-quilômetro e adquiriram, em setembro de 2012, um Renault Clio ano 2011/2012 na Armando Veículos de São Bernardo, com financiamento em 60 meses sem entrada. O casal disse que foi informado na loja que o modelo era zero e sairia por preço mais em conta (cerca de R$ 1.000 a menos), pelo fato de já estar emplacado.

Bacco não reparou, mas na nota fiscal constava que o veículo em questão era seminovo - embora só tivesse 30 km rodados. E, após mostrar o carro a conhecidos, o consumidor descobriu que, antes de adquirir o modelo, o mesmo tinha sido repintado, apesar da baixa quilometragem.

Em contato com a equipe do Diário, o gerente geral da concessionária, Fernando Espírito Santo, citou que, se o modelo estava emplacado, então não poderia ser novo e que o Clio comercializado era de frota da Renault - por isso o preço mais em conta. E ele confirmou que havia indícios de peças com repintura. "Isso não desabona a qualidade da venda. Além disso, nos dispomos a trocar por outro seminovo, do mesmo ano, modelo e cor e com quilometragem semelhante, mas ele não quis", afirma o gerente. Outra opção dada pela loja foi solucionar todos os problemas na pintura oferecendo a devida garantia do serviço e disponibilizando veículo reserva durante os reparos.

PROCON - A assessora técnica do Procon-SP, Fátima Lemos, explica que o comprador não pode ser induzido ao erro, mas ele vai precisar comprovar que isso ocorreu no órgão de defesa do consumidor ou na Justiça. Além disso, é preciso saber se a pessoa tomou, realmente, os cuidados de exigir tudo por escrito, para constar "se o carro era zero, quais os acessórios etc". Fátima acrescenta que, para o caso de um seminovo, a loja está agindo de forma correta e seguindo o Código de Defesa do Consumidor.

 

 




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