Política Titulo Mauá
Oswaldo garante apoio de adversários
Sérgio Vieira
Do Diário do Grande ABC
02/10/2008 | 09:05
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A apenas quatro dias da eleição, o candidato a prefeito de Mauá Oswaldo Dias (PT) não esconde mais que já está de olho na governabilidade em uma provável administração, a partir do próximo ano.

Quarta-feira, ele se reuniu, em almoço, com candidatos a vereador que fazem parte das coligações dos prefeituráveis Chiquinho do Zaíra (PSB), Diniz Lopes (PSDB) e Mateus Prado (Psol).

Participaram do encontro políticos do PSDC, PCdoB, PP, Psol, além de lideranças do PT e PRB. Entre os políticos estavam o vereador Cincinato Freire (PSDC), que recentemente declarou "independência" em relação à candidatura de Chiquinho e Ivan Gomes, o Batoré (PP), que participou diversas vezes de atividades ao lado de Diniz.

Apesar de tentar, inicialmente, dizer que o encontro foi "casual", Oswaldo admitiu, logo depois, que o objetivo do almoço era discutir um possível apoio dos partidos no Legislativo. "Nós não temos a expectativa de fazer a maioria dos vereadores. Portanto, nós precisamos da governabilidade. E isso passa por um número de vereadores que nos dê essa garantia." Ele ainda falou: "Se você tem um diálogo agora, facilita".

Ele garantiu, inclusive, que esses partidos poderão participar de sua administração. "Se vierem a compor, com certeza terão espaço no governo."

Chiquinho demonstrou irritação com a atitude. "Isso é antiético. O Oswaldo não respeita ninguém. Ele está desesperado e fica loteando a Prefeitura. Até já ofereceu a Secretaria da Saúde para o Cincinato." O petista negou. Cincinato, no entanto, admitiu que não está mais trabalhando para Chiquinho. "Para mim, a eleição já está resolvida. Será no primeiro turno", disse, em alusão a Oswaldo.

Mateus também ficou contrariado. "Demonstra que ele faz, sim, negociata. Aposto que a maioria dos que estavam no almoço terá cargo na Prefeitura caso Oswaldo ganhe."

Diniz também bateu no petista. "Ele tenta desestabilizar as outras campanhas. Isso não passa de jogada de marketing."

Oswaldo não entende que tenha havido falta de ética. "Não existe nada disso. Estamos em uma luta eleitoral, onde tudo é possível. Se quiserem conversar com nossos candidatos, podem conversar."




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