Nacional Titulo Expresso Tiradentes
Tribunal barra concorrência e obras do Fura-Fila atrasam
30/09/2008 | 08:51
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Iniciado há dez anos e com gastos de R$ 600 milhões, as obras do Expresso Tiradentes (ex-Fura-Fila) devem, mais uma vez, desrespeitar o cronograma e as promessas e continuar incompletas até o fim de 2008. A concorrência para 9 Km dos 23,8 Km restantes foi suspensa na semana passada pelo TCM (Tribunal de Contas do Município). A de outros 12 Km ocorre em outubro e o contrato com a vencedora será de um ano e meio. Um acidente atrasou outros 2,8 Km previstos para serem concluídos em maio. Os cerca de 8 Km hoje em operação correspondem a apenas um quarto dos 31,8 Km de extensão previstos.

Caso continue no ano que vem, o Expresso - um ambicioso projeto de corredor de ônibus exclusivo ligando o Centro às zonas Leste e Sul - irá ocupar o orçamento e os planos de transporte público pela quarta gestão seguida da Prefeitura de São Paulo.

O trecho 5, cuja concorrência foi suspensa, serve os distritos de São Mateus, José Bonifácio, Iguatemi e São Rafael, no extremo da Zona Leste da cidade. O projeto atual prevê 14 paradas e interligação com o terminal Tiradentes. O custo estimado no edital pela SPTrans (São Paulo Transportes) é de R$ 90 milhões. A licitação para a obra em si sequer foi lançada. O que o TCM suspendeu foi a concorrência de "pré-qualificação" das empresas interessadas em participar do certame para a construção do trecho.

Segundo o tribunal de contas, a suspensão ocorreu após uma representação da Ciclo Engenharia e Pavimentação LTDA. A SPTrans foi chamada para dar esclarecimentos. O tribunal não informou qual é o prazo dado. A sessão, programada para o último dia 24, não tem uma nova data para acontecer.

A licitação para o trecho 4 (de 12 Km) foi lançada há 20 dias e prevê 18 meses de contrato. Estão planejados desembolsos por parte da Prefeitura até 2010. Já a previsão de entrega do trecho mais curto da obra, que tem 2,8 Km e três paradas, foi derrubada em março, quando uma estrutura de cerca de 800 toneladas tombou, até encostar na parede do Viaduto Grande São Paulo. A idéia era que ele ficasse pronto em maio, mas o prefeito desautorizou a agenda após o incidente. Procurada pela reportagem, a SPTrans não comentou os atrasos.




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