O presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou na noite do último sábado que a construtora brasileira Odebrecht apresentou um acordo "unilateral" no qual aceita "todas as exigências" do governo equatoriano quanto às indenizações e reparos nas falhas da Central Hidrelétrica San Francisco.
A usina foi construída por meio de um consórcio entre a empresa brasileira e as européias Alston e Vatech e foi entregue há um ano com capacidade de gerar 230 megawatts de potência, o suficientes para abastecer 12% da energia do País. Mas, desde junho deste ano, a geradora vem apresentando falhas e foi fechada pelo governo equatoriano, que agora exige uma indenização de US$ 43 milhões, além dos reparos na central.
Rafael Correa determinou ainda a ocupação militar de todas as outras construções da Odebrect, o embargo de bens e o impedimento de que funcionários da construtora deixem o País.
Segundo informações da BBC Brasil, o presidente equatoriano disse que "vai estudar a proposta da Odebrecht" e reafirmou que o contrato com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico), do empréstimo de US$ 200 milhões para a construção da Central Hidrelétrica San Francisco, foi firmado pela construtora brasileira, sendo, portanto, uma dívida da empresa com o Brasil e não do governo do Equador. A Odebrecht não confirmou o acordo.
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