Conforme divulgação do INSS o atendimento no Grande ABC registrou queda de 59% no tempo médio de espera para atendimento. Porém, para alguns usuários, o atendimento continua falho e lento. Além disso, a coordenadoria da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo, unidade da região, prefere não se pronunciar, o que suscita dúvidas se o próprio funcionalismo do instituto concorda com os dados apresentados.

De acordo com relatórios do INSS, os postos do Grande ABC passaram por reforma no sistema de atendimento e receberam 14 novos funcionários. Com isso, na apreciação do instituto, houve melhora no tempo médio de concessão dos benefícios, de 74 para 34 dias. Entretanto, o aperfeiçoamento do sistema, conforme apresentado pelo órgão, não se confirma pelo menos em depoimentos de alguns usuários.

"Eu não acredito nesses dados. Já fiquei cinco horas esperando. Ainda acho que faltam funcionários", desabafa a podóloga de Santo André Emília Marques. "Estou aqui há meia hora e vejo que tem 48 números antes de mim", conta Alicia Martinês Freire, de Diadema.

Outro ponto questionado é a eficiência de serviços. "Ninguém resolve o meu problema. Estou tentando marcar uma perícia há 40 dias e eles falam que estão com problema no sistema", critica a enfermeira de Mauá Rosilda Branco. A frentista de Diadema também discute sobre o critério de atendimento preferencial. "Estou esperando há quase duas horas com criança de colo". A aposentada de Mauá Sônia Regina ficou quatro horas esperando atendimento depois de ter passado por sessão de hemodiálise. "O atendimento preferencial ajudaria", desabafa.

O INSS estabeleceu prazos em que o segurado deve permanecer em atendimento: pedidos de aposentadoria não podem ultrapassar 60 minutos; andamento de processos e Certidão de Tempo de Contribuição, até 30 minutos; pedidos de pensão e salário-maternidade, 45 minutos. Os segurados não confirmam o cumprimento desses prazos. O INSS, por sua vez, não explica porque não são cumpridos.