Economia Titulo Dia das Crianças
Dia das Crianças já aquece mercado
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
14/09/2008 | 07:15
Compartilhar notícia


Nada de boneca de pano, peão ou cordas. Atualmente as crianças são mais exigentes, por isso o mercado teve de se adaptar e prepara, desde o final de junho, novidades para o Dia das Crianças.

Entre eletrônicos e personagens da televisão e do cinema, as fabricantes de brinquedos, percebendo o aquecimento do mercado, estão otimistas para a data e prevêem crescimento de até 60%, como é o caso da Gulliver.

A empresa que está instalada em São Caetano tem como objetivo dobrar o volume de produtos fabricados e também das vendas. "Se no primeiro semestre nosso índice de expansão foi de 30%, para a data queremos alcançar 60% de aumento em vendas e produção", afirma o diretor comercial, Paulo Benzatti.

Segundo ele, em faturamento, até o final do ano, a empresa deve atingir o patamar dos 10%, com relação a 2007. O Dia das Crianças representa 40%, aproximadamente, de todo o ganho anual.
Para atender a essa demanda, a companhia precisou aumentar o quadro de funcionários em 20%.

Outra empresa da região que traz expectativas positivas é a Grow, localizada em São Bernardo. "Devido a sazonalidade do mercado, no segundo semestre sempre temos a contratação de funcionários temporários. Neste período, por exemplo, chegamos a dobrar o número de colaboradores que atuam na fábrica (que hoje soma um total de 750)", conta o gerente de produto da corporação, Gustavo Arruda.

Ele conta que, em virtude do Dia das Crianças e também do Natal, as vendas do segundo semestre representam cerca de 70% das vendas anuais das empresas de brinquedos. "Com isso nossa expectativa é crescer 10% sobre as vendas de 2007".

Mesmo apostando nos novos lançamentos, a Grow continua investindo em jogos tradicionais, como o conhecido Imagem & Ação, Super Trunfo e o jogo War.

Outra grande empresa de brinquedos, a Estrela, já percebeu um aumento de 25% nas encomendas ante o mesmo período do ano passado, pela rede varejista de todo o País.

O diretor de marketing da empresa, Aires Leal Fernandes conta que a produção foi intensificada desde junho. "O Dia das Crianças é a segunda melhor data para o segmento, só perde para o Natal. As duas datas representam juntas 70% de todo o faturamento anual da empresa", avalia.

Por esse motivo, a companhia contratou 10% a mais de funcionários do que no ano passado, resultando em crescimento real de 30% no ano.
"O Estado de São Paulo representa acima de 40% do faturamento de todo o País", completa Fernandes.

Varejo amplia o estoque e variedade de produtos nas lojas

A rede varejista, também otimista com o mercado, já abastece as prateleiras para o Dia das Crianças. O estoque das lojas da rede PBKIDS, por exemplo, foi reforçado com um volume 8% maior do que em 2007.

A rede estima para a data aumento de 5% no valor do tíquete médio, que deve chegar ao índice de R$ 110.

A proprietária da unidade da PBKIDS no Shopping ABC, em Santo André, Isabel Wallis, projeta um aumento de vendas entre 9% e 11%, número estimado também por toda a rede. "O forte são os brinquedos tecnológicos", reforça.

Para atrair todo o tipo de consumidor, a loja optou por oferecer produtos que vão de R$ 5,90 à R$ 2.000.

O diretor comercial da Hi Happy, com uma unidade na ABC Plaza, em Santo André, Ricardo Sayon estima um crescimento na ordem de 8%. Ele explica que um dos fatores que são decisivos para o crescimento das vendas é o fato do nível de desemprego no setor estar baixo em relação a outros segmentos do mercado, o que mostra aquecimento.

Em segundo lugar está o número de produtos disponíveis. "Há brinquedos para todos os bolsos e gostos. O mercado oferece neste ano muitas novidades (mais de 300 lançamentos) que encantarão a criançada."

Além disso, o diretor da Ri Happy, explica que a melhora na renda do consumidor deixará o varejo mais aquecido que no ano passado. "Por isso estamos com um volume no estoque 15% maior do que no período de 2007."




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;