O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse na última sexta-feira que o Brasil vai construir uma usina nuclear por ano ao longo dos próximos 50 anos. No total, elas irão produzir 60 mil MW. Cada uma delas será um pouco menor do que Angra 3, que está projetada para ter capacidade de 1.400 MW.

Segundo o ministro, esse pacote começará a sair do papel assim que o governo concluir a contratação das obras de quatro novas usinas nucleares, que já foram aprovadas em âmbito federal para serem construídas "imediatamente".

"O presidente Lula entende que a política nuclear é prioritária no Brasil e sua decisão é de que o processo para a instalação destas usinas deve prosseguir", disse o ministro em entrevista após visitar as usinas de Angra 1 e 2, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. De acordo com o ministro Lobão, o governo atualmente "está cuidando de Angra 3". Terminado este processo, o governo vai definir as áreas em que serão instaladas as quatro primeiras usinas do grande pacote nuclear, que terão capacidade de 1.400 MW.

Duas delas serão construídas no Nordeste e duas no Sudeste. Segundo ele, na região Nordeste, disputam os investimentos os estados de Pernambuco, Sergipe e Alagoas.

Já no Sudeste, segundo ele, não houve manifestação de interesse. "Mas não acreditamos que haverá problema algum nisso", disse.

Sobre as 50 usinas, o ministro disse que ainda faltam ajustes a serem feitos no pacote e que ele será discutido após o governo dar seqüência a estas primeiras quatro unidades.