O presidente da Câmara de São Bernardo, Amedeo Giusti (PV), tratou com discrição a prisão do vereador Alberto Raposo (PSB), detido pela Polícia Federal na última quinta-feira por suposto envolvimento no esquema de fraude na Previdência Social, que causou rombo de R$ 200 milhões aos cofres públicos. "Não podemos julgá-lo, temos de aguardar a defesa".

À frente da Casa desde 2007, o chefe do Executivo eximiu-se de qualquer responsabilidade sobre os atos dos parlamentares. "Não temos conhecimento das atividades que os vereadores realizam fora da Câmara. Conhecemos o trabalho de cada um dentro da Casa e não creio que o episódio sujará nossa imagem, porque a política é como uma escola: há bons e maus alunos e não podemos crucificar a todos".

Médico da perícia do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Raposo ficará temporariamente detido até a próxima terça-feira, mas a prisão pode virar preventiva e ser prorrogada por mais 30 dias. Além do legislador, a candidata a vereador Otília Azevedo (PPS) também foi presa na operação.