Empresários e sindicalistas contestaram a elevação da taxa básica de juros em 0,75 ponto porcentual e ressaltaram a pouca influência da política monetária no recuo da inflação.

O presidente da Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter, destacou que a inflação no Brasil caiu, mas não foi por influência do Copom. Segundo ele, a inflação está recuando por causa da queda dos preços das commodities no mercado internacional. "Pode-se colocar qualquer juro que quiser e não vai influenciar esses preços internacionais. O BC (Banco Central) vai ter de encontrar modos de ajustar as influências da inflação internacional. Se quiser corrigir pelo juro internamente, vai dificultar a estrutura do crescimento"

Para o presidente da Fiesp (Federação das Indústria do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, "persistir no erro é burrice". Ele lembrou que, na reunião anterior, a entidade já havia alertado que a inflação brasileira não se tratava de uma inflação interna, mas sim importada, em razão dos preços das commodities.

A CUT (Central Única dos Trabalhadores) criticou a decisão do Copom. Para a central, o resultado positivo do PIB no primeiro semestre ocorreu apesar de o BC querer frear o ritmo de expansão do crescimento da economia.