Em meio aos rumores de doping após a vitória fácil do jamaicano Usain Bolt na final dos 100 metros dos Jogos de Pequim, com o recorde mundial de 9s69, o médico da equipe jamaicana, Herb Elliott, desabafou: "não temos nada a esconder, venham à Jamaica aprender a correr".
"Digo a esta gente (que duvida), venham à Jamaica para ver nosso programa, venham ver nossos controles (antidoping), venham ver como procedemos. Podem vir quando quiserem, dia ou noite. Não temos nada a esconder. Existe a tradição. Não transformamos Bolt, apenas o ajudamos a progredir, especialmente no nível biomecânico", disse Elliott.
"Não podemos nos deixar levar por boatos", destacou Elliott, PhD em bioquímica. Bolt, 22 anos, foi o primeiro jamaicano a ganhar o ouro olímpico nos 100m.
Nos últimos 20 anos, três ex-recordistas mundiais dos 100m foram pegos no exame antidoping: o canadense de origem jamaicana Ben Johnson e os norte-americanos Tim Montgomery e Justin Gatlin, o último ouro nos Jogos de Atenas-2004.
John Fahey, responsável pela AMA (Agência Mundial Antidoping), advertiu mais cedo que se nos Jogos de Pequim ocorrer outro escândalo envolvendo os 100m, o Atletismo cairá em uma "falência moral".
"Se há suspeita (de doping), o público deserta, abandona qualquer esporte que não tem integridade (...) Desejo e espero que não ocorra outro caso (em Pequim), pelo bem dos 100m e do Atletismo", disse Fahey.
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