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Gustav já está no Golfo do México e ameaça costas americanas

Traumatizadas pelo Katrina, autoridades ordenaram a retirada da população. Gustav prejudicou cubanos

Da AFP
31/08/2008 | 10:51
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Depois de sua passagem pelo oeste de Cuba, o furacão Gustav seguia neste domingo seu caminho no Golfo do México rumo à Louisiana (Estados Unidos), onde autoridades, traumatizadas pelo furacão Katrina em 2005, ordenaram a retirada da população.

"Os ventos perderam intensidade, caindo para cerca de 205 km/h (contra 240 km/h sábado). Gustav é agora um furacão de categoria três na escala Saffir-Simpson", que tem cinco níveis, anunciou neste domingo o Centro Nacional americano dos Furacões (NHC, sigla em inglês), com sede em Miami (Flórida, sudeste dos EUA). No entanto, o NHC avisou que Gustav pode ganhar força ao passar pelo Golfo do México e voltar para a categoria quatro no fim da tarde deste domingo.

"Gustav vai continuar sendo um furacão muito potente até tocar terra", advertiu o NHC, destacando que às 9h GMT (6h de Brasília), Gustav estava cerca de 680 km ao sudeste da foz do rio Mississippi e avançava a uma velocidade de 26 km/h.

Gustav entrou neste domingo no Golfo do México, onde estão concentradas 25% das instalações petrolíferas norte-americanas. As principais companhias, BP, ConocoPhillips e Shell, retiraram seus funcionários das plataformas e de outras instalações na área.

Gustav deve atingir segunda-feira as costas da Louisiana e do Texas, onde o estado de emergência foi decretado. O prefeito de Nova Orleans, Ray Nagin, ordenou a evacuação da cidade, qualificando Gustav de "furacão do século".

O candidato republicano à Casa Branca, John McCain, modificou sua agenda de campanha para ir ao Mississippi e verificar os preparativos prévios à chegada do Gustav.

As estradas em torno de Nova Orleans ainda estavam completamente engarrafadas na manhã deste domingo. Os moradores da cidade ficaram traumatizados pela passagem do furacão Katrina, que deixou 1,8 mil mortos na Louisiana e nos estados vizinhos e inundou grande parte de Nova Orleans em agosto de 2005.

Prejuízos - Depois de ter deixado 85 mortos no Haiti, na República Dominicana e na Jamaica, Gustav provocou importantes danos materiais ao passar sábado pelo oeste de Cuba com ventos de até 340 km/h. Ao contrário do resto do Caribe, a ilha comunista, acostumada às tempestades tropicais, não registrou mortes.

O furacão atingiu primeiro a Ilha da Juventude, cerca de 100 km ao sul de Cuba, deixando um rastro de destruição.

"Não recebemos até agora nenhuma informação sobre vítimas, mas temos vários registros de feridos nos braços, nas pernas e na cabeça", declarou Ana Isa Delgado, chefe da Defesa civil na Ilha da Juventude, a um canal de televisão cubano.

"Danos importantes", inundações e ondas de até cinco metros também foram registrados pela Defesa civil nas províncias ocidentais de Pinar del Rio e Havana.

Cerca de 250 mil pessoas foram evacuadas desde sexta-feira das províncias ocidentais de Cuba, segundo a Defesa civil. Mais de mil turistas estrangeiros, principalmente canadenses e italianos que estavam na Ilha da Juventude, foram transferidos para locais seguros, segundo as autoridades cubanas.

Na cidade de Havana, colocada em estado de alerta máximo, as ruas desertas e escuras por causa dos cortes de eletricidade foram castigadas pela chuva e o vento durante toda a madrugada deste domingo, mas a população não foi evacuada, segundo as autoridades.

Até agora, Gustav provocou a morte de pelo menos 66 pessoas no Haiti, 11 na Jamaica e oito na República Dominicana.




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