Segundo pesquisa realizada pela TeleCheque, empresa de concessão de crédito no varejo, o número de cheques pré-datados aumentou 11,07% no Brasil, em comparação com o mesmo período do ano passado. Este mês, o índice totalizou 80,78% do total de cheques emitidos.
O fenômeno observado no País também reflete no Grande ABC. "Podemos analisar esse aumento tendo as datas comemorativas como base. Depois do Dia dos Pais, em agosto, a próxima data que aquece o comércio é o Dia das Crianças, somente em outubro. Para driblar a falta de apelo comercial os lojistas parcelam mais as compras e aceitam os cheques pré-datados", explica o presidente da Associação Comercial de São Bernardo, Valter Moura.
Região - No ranking total do mês de julho, a Região Metropolitana de São Paulo ficou na 17ª colocação, sendo que do total de cheques emitidos, 74,78% foram pré-datados. A ACISA (Associação Comercial e Industrial de Santo André) afirma que os números devem ser parecidos no Grande ABC, já que a região acompanha as tendências de São Paulo.
Mesmo que as Associações Comerciais do Grande ABC ainda não computem dados concretos, o pagamento com cheques pré-datados é cada vez mais comum. "Os comerciantes precisam de liquidez para as compras de Natal, por isso aceitam as compras com pagamento a longo prazo", diz Moura.
Vantagens - O risco de uma despesa imprevista e a conseqüente necessidade de crédito imediato têm feito alguns consumidores optarem pelo pagamento com cheques, onde a flexibilidade é maior para um reajuste financeiro. "Comparando as taxas de juros praticadas no mercado, como exemplos, o crédito pessoal de 51,4% ao ano, o cheque especial de 162,7% ao ano e os cartões de crédito com até 550% ao ano, a negociação direta com o lojista não passa de 20% ao ano. Isto tem levado o consumidor a optar pelos pagamentos em cheques, além do menor custo deste meio de pagamento para fornecedores e lojistas, devido ao baixo índice de inadimplência", explica José Antônio Praxedes Neto, vice-presidente da TeleCheque.
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