O Grande ABC apresenta um saldo de 28.336 empregos formais (com registro em carteira) abertos nos sete primeiros meses deste ano. Trata-se de um número 54% superior aos 18.393 postos de trabalho gerados no mesmo período de 2007.

O dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho. O levantamento mostra que, embora o ritmo de criação de vagas tenha se reduzido em julho - foram 3.142 postos adicionais em julho, 29% menos do que o do mesmo mês do ano passado - a região se mantém em ritmo forte de contratações.

"A economia vai bem e, embora para muitas empresas, a rentabilidade esteja baixa, as vendas têm crescido, o que leva a contratações", afirma o coordenador da macrorregião do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) que engloba o Grande ABC, William Pesinato.

Pequenas variações em um mês não configuram uma situação ruim para a economia regional, segundo o representante do empresariado.

Ele lembra que as montadoras de veículos vêm em um processo de admissões, para dar conta da demanda em alta - recentemente, a General Motors contratou 1.500 pessoas para a fábrica de São Caetano - e essa onda ainda não se esgotou. A Ford, por exemplo, já anunciou que está iniciando contratações para ampliar o quadro com 400 novos funcionários.

"Podemos dizer que o desempenho do Grande ABC continua muito bom, ainda mais levando em conta que o segundo semestre de 2007 foi de um ritmo mais intenso de contratações", disse Paulo Henrique da Silva, do Observatório Econômico de Santo André, órgão da Prefeitura desse município.

Silva observa ainda que, apesar do recuo em julho, nesse mês Santo André e Mauá tiveram saldo de vagas criadas maior do que no ano anterior. Ele afirma que a parada de manutenção do Pólo Petroquímico (localizado nessas duas cidades) ajuda. "Há um impacto forte no setor de serviço, por conta da contratação de empreiteiras para as obras do Pólo", disse.