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Calote para financiamento
de carros apresenta recuo

Bancos de montadoras acumulam R$ 201 bi em empréstimos;
levantamento foi divulgado nesta quarta-feira por associação

Gilmara Santos
Do Diário do Grande ABC
21/02/2013 | 07:05
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Depois de atingir patamares recordes no primeiro semestre do ano passado, a inadimplência no financiamento de veículos deu uma trégua e fechou 2012 em queda. É o que revela estudo divulgado ontem pela Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras). De acordo com a entidade, o atraso no pagamento das prestações por mais de 90 dias chegou a 6,1% em maio do ano passado. De lá para cá, o número de inadimplentes diminuiu e no fim de 2012 representava 5,3% dos contratos. "Desde o início de 2011 a inadimplência está crescendo, e foi assim até maio de 2012, quando começou, finalmente, a cair", comemora o presidente da Anef, Décio Carbonari.

Ele atribui essa redução à nova política de liberação de crédito pelos bancos, que está mais conservadora. "Era prevista essa diminuição na taxa de inadimplência da pessoa física, mas foi mais rápido do que o esperado", destaca o executivo. A expectativa para este ano é que os atrasos nos pagamentos sigam em queda.

FINANCIAMENTOS - O estudo da Anef, que considera apenas os 14 bancos das montadoras afiliadas à entidade, traz também que o saldo de contratos em vigor das pessoas físicas atingiu o montante de R$ 201,6 bilhões em 2012 - crescimento de 0,3% na comparação anual. Apesar de modesto, a entidade comemora o resultado do ano passado e prevê expansão de 8% para 2013. A previsão otimista está amparada na expectativa de vendas maiores de caminhões, que em 2012 amargaram queda por conta da grande comercialização que ocorreu em 2011, quando ainda estava sendo produzido o motor antigo, mais barato, o que estimulou as compras naquele ano.

Além disso, entre janeiro e maio do ano passado, as vendas de veículos amargavam queda, que só foram recuperadas com a entrada em vigor do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido, que passou a ter aumento escalonado no mês passado e seguirá assim até junho. "Sem o IPI e sem a queda dos juros para os financiamentos, a indústria teria tido um ano muito ruim", considera Carbonari.

Conforme dados da entidade, os juros para financiamento de carros pelas associadas da Anef fecharam 2012 em 16,08% contra 19,56% do ano anterior. A pesquisa revela ainda que o prazo máximo de financiamento segue em 60 meses (assim como em 2011), mas que na média está em 38 meses. Em 2011, ficava em 41 meses, em média, e em 2010 em 44 meses.

 

 




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