A safra do ano passado foi positiva para a operadora de viagens CVC. Isso porque a empresa, cuja sede está em Santo André, atingiu crescimento da ordem de 5% em número de clientes. "Não abrimos os resultados em valores, mas a receita apresentou expansão pouco mais vigorosa do que o aumento da carteira de clientes, o que é muito bom, tendo em vista que as previsões para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2012 apontam para alta próxima a 1%", explicou o vice-presidente de produtos e marketing, Fábio Godinho.

Para 2013, a expectativa é ainda melhor. "Se crescemos perto de 5% e o PIB deve atingir 1% (no ano passado), neste ano, que as previsões estão mais otimistas e direcionando para alta de 3% do PIB, é natural que nossa expansão seja superior", disse Godinho.

De acordo com o boletim Focus, do Banco Central, os especialistas do mercado financeiro apostam que o PIB vai subir 3,08% neste ano. O documento, que reúne a opinião de, aproximadamente, 100 analistas, foi publicado na segunda-feira com avaliações referentes a sexta-feira.

Atualmente, revelou o presidente executivo e do conselho administrativo da operadora, Guilherme Paulus, a CVC é dona da maior fatia do mercado do setor no País. "Acredito que estamos próximo de 70% de participação", estimou. Ele é o fundador da empresa, no entanto, hoje, a companhia é controlada pelo fundo de private equity norte-americano Carlyle. Executivo responsável pela unidade do fundo no País, a Carlyle Brasil Consultoria em Investimentos, Daniel Sterenberg preferiu não comentar os resultados da CVC.

Os gestores abriram os números e previsões à imprensa, ontem, durante o 19º Workshop & Trade Show CVC, que encerrará hoje, no Expo Center Norte, em São Paulo. O evento reúne mais de 500 expositores, de 28 países mas a maioria do Brasil, e contou com a presença do ministro do Turismo, Gastão Dias Vieira, que acredita que o setor terá grande contribuição para a aceleração econômica do País em meio à crise.